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Eleições 2014

Dilma defendeu autonomia do BC na campanha presidencial de 2010

Petista, que hoje critica proposta de Marina Silva, já apoiou liberdade do órgão na fixação de juros

Na TV, presidente acusa candidata do PSB de tentar entregar a banqueiros o controle da política econômica

DE SÃO PAULO

Embora critique a proposta de independência do Banco Central feita pela campanha da candidata rival Marina Silva (PSB), a presidente Dilma Rousseff (PT) já defendeu, no passado, que a autonomia da autoridade monetária é "importantíssima".

Em entrevista à rádio CBN, quando ainda era candidata em 2010, Dilma disse que achava "importantíssima a autonomia operacional que o Banco Central teve no governo do presidente Lula". "Sempre tivemos uma relação muito tranquila com o BC", acrescentou.

Após a eleição, o então nomeado presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que recebeu a determinação da presidente de atuar com "total autonomia" no controle da inflação e no estabelecimento da política monetária (fixação dos juros).

Em entrevista coletiva, Tombini afirmara que Dilma havia dito a ele que "nesse regime [de metas de inflação] não há meia autonomia. É autonomia total".

Marina propõe conceder autonomia, assegurada por lei, ao BC, com mandatos fixos a seus dirigentes.

Em comerciais na televisão, a campanha de Dilma acusa a adversária de tentar entregar aos banqueiros o controle da política econômica, "um poder que é do presidente e do Congresso, eleitos pelo povo".

Na última quarta-feira (10), a presidente disse, em entrevista no Palácio da Alvorada, que a proposta da adversária reflete uma visão econômica "que não está dando certo no mundo".

Refere-se aos EUA e a outros países que estiveram no centro da crise global em 2008/2009, em parte causada pela falta de regulamentação sobre alguns investimentos feitos no mercado financeiro. Na crise, bancos quebraram, como o Lehman Brothers, e outros foram socorridos pelo governo ou vendidos a concorrentes.

Dilma afirmou que é preciso escutar todos os setores da sociedade, incluindo os bancos, mas disse que deixá-los ditar a política monetária do país é outra história.

"Nós não achamos necessário a autonomia do Banco Central", afirmou. "Entre isso [ouvir o setor] e eu achar que os bancos podem ser aqueles que garantem a política monetária, fiscal e cambial vai uma diferença".

Nesta sexta (12), a Folha informou que empresários reclamam de estarem sendo vítimas de um processo de "satanização" nas propagandas do PT usadas para desconstruir a imagem de Marina.

'SANTA SÉ'

Durante a campanha presidencial de 2010, Dilma respondeu a uma afirmação feita pelo adversário José Serra (PSDB), de que "o Banco Central não é a Santa Sé".

Nas eleições deste ano, o senador e candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) defende, em um eventual governo, a autonomia operacional do BC (sem a necessidade de formalização em lei).


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