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Servidores do Senado não vazaram perguntas, afirma sindicância
DE BRASÍLIAA comissão de sindicância do Senado que investigou o repasse antecipado do "gabarito" de respostas da CPI da Petrobras a membros da estatal afirmou não ter encontrado irregularidades na atuação dos dois servidores da Casa acusados de envolvimento na ação.
Em nota desta sexta (12), o Senado diz que não encontrou "qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos da CPI ou de minutas de questionamentos que seriam feitos a depoentes" e que arquivou o caso.
Segundo o Senado, a comissão investigou as denúncias de vazamento de informações por 37 dias e ouviu 14 depoimentos, além de ter investigado caixas de e-mails dos servidores.
A nota diz que a comissão ainda "verificou o controle de acesso aos arquivos eletrônicos confidenciais, examinou os documentos utilizados como subsídio das reuniões da CPI e analisou os vídeos dos depoimentos, por diferentes câmeras, bem como o vídeo que originalmente fundamentou a denúncia".
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia designado em agosto três servidores para investigar o caso. Eles só tiveram poderes, porém, para investigar os servidores, sem apurar se senadores teriam encaminhado as perguntas.
O CASO
Reportagem da revista "Veja" publicada no início de agosto revelou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró receberam antecipadamente perguntas que responderiam na CPI do Senado ""composta apenas por governistas. A revista também apontou participação de servidores da Casa no esquema.
Segundo "Veja", os servidores Paulo Argenta, da SRI (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência), Marcos Rogério de Sousa e Carlos Hetzel, que trabalham no bloco de apoio ao governo no Senado, teriam elaborado as perguntas que seriam feitas aos depoentes.