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Youssef é condenado a 4 anos de prisão em caso do Banestado

DE SÃO PAULO

Acusado de ter subornado um diretor do Banestado para obter um empréstimo, Alberto Youssef foi condenado, na quarta-feira (17), a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa.

O banco público do Paraná fez uma série de operações ilegais com dólar nos anos 1990, e o doleiro fora perdoado por esse crime no acordo de delação que fez em 2004.

No entanto, como Youssef desrespeitou a promessa de não voltar a atuar no mercado paralelo de dólar, o processo foi reaberto em maio deste ano pelo juiz federal Sergio Moro. A ação penal original era de 2003.

É a primeira condenação do doleiro desde que ele foi preso em 17 de março deste ano pela Operação Lava Jato.

Segundo decisão do juiz, a ação penal provou que o doleiro obteve, em agosto de 1998, um empréstimo de US$ 1,5 milhão da agência do Banestado das ilhas Cayman, no Caribe, depois de pagar US$ 131 mil de propina ao diretor de operações internacionais do banco. O empréstimo foi obtido pelo doleiro para uma importadora de carros, chamada Jabur Toyopar.

O próprio Youssef confessou em 2004 que o US$ 1,5 milhão foi internado no Brasil pelo mercado paralelo, e não pelo Banco Central.

O advogado de Youssef, Augusto Augusto Figueiredo Basto, diz que vai recorrer da decisão porque não houve pagamento de propina ao diretor do banco. "O dinheiro foi para a campanha do Jaime Lerner. O banco exigiu que o Alberto desse o dinheiro para a campanha. Ele foi vítima do banco." Lerner foi candidato à reeleição ao governo do Paraná em 1998 pelo antigo PFL (hoje DEM).

Figueiredo Basto diz que vai contestar, no recurso, o modo como o juiz rompeu o acordo de delação de 2004.

O caso Banestado foi a maior investigação sobre doleiros realizada no Brasil, entre 2003 e 2007. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal criada à época, as remessas ilegais somavam US$ 28 bilhões. Youssef confessou ter movimentado US$ 2,5 bilhões entre 1994 e 2000.


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