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Filhos de Eduardo Campos têm status de celebridade na campanha em Pernambuco

Familiares de ex-governador, morto em agosto, atraem atenções e impulsionam campanha de Paulo Câmara ao governo estadual

DANIEL CARVALHO DO RECIFE

Candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) já cumprimentara crianças e PMs quando deixou de ser o centro das atenções na Ilha de Deus, comunidade de pescadores no Recife, na manhã desta terça (23). Meia hora depois, o foco dos moradores passou aos jovens que chegavam: dois dos cinco filhos de Eduardo Campos.

Com a camiseta da campanha presidencial do pai, Pedro, 18, chegou com a irmã, Maria Eduarda, 22, de símbolo do PSB e adesivo de Câmara na camisa polo amarela.

Agora estrelas do ato, foram abordados por gente que queria conversar e tirar fotos. "Seu pai era pessoa muito querida", disse a Pedro a aposentada Berenice da Silva, 77.

O ex-governador, morto em acidente aéreo em agosto, começou na favela sua campanha de 2006 e voltou no terceiro dia de governo para anunciar a urbanização do local, hoje em conclusão.

"Este é um dos lugares do Recife que carregam muito meu pai ainda vivo, por tudo o que ele fez aqui", disse Pedro a uma TV comunitária.

A visita marca um novo momento na participação da família Campos na campanha no Estado, com discursos, depoimentos na TV e caminhadas, fotos e autógrafos. A mãe, Renata, estreou na propaganda de TV de Câmara na segunda (22); os filhos pedem votos para o candidato ungido pelo pai para sucedê-lo.

João, 20, o filho homem mais velho, tem discursado no interior. "Meu pai não deixou uma herança. Esta, quando dividida, pode se acabar. Deixou um legado que, quanto mais o dividirmos, mais crescerá", disse em Barreiros.

Integrantes do PSB-PE não descartam a participação da família na campanha de Marina Silva (PSB) ao Planalto.

Em Pernambuco, Câmara, que começou a disputa num distante segundo lugar, está numericamente à frente de Armando Monteiro --segundo pesquisa Ibope divulgada nesta terça, o pessebista tem 39%, ante 35% do senador do PTB-PE, em empate técnico.

No ato de terça, estudantes que diziam ter sido dispensados das aulas cercaram os filhos de Campos. Uniformes foram autografados. Uma menina de nove anos foi orientada por um professor a dizer que abordava os filhos "porque gosta de Paulo". "Paulo não. Dos filhos de Eduardo Campos", respondeu ela.

Um estudante de 11 anos disse ter sido liberado de sua escola estadual após só uma aula. A diretoria disse desconhecer atividade de campanha e negou a liberação.

A Secretaria de Educação do Estado afirmou que servidores não podem participar de eventos políticos no horário das aulas e que nenhum estudante foi liberado.


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