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Após negociar delação, doleiro presta depoimento

Youssef fala com procuradores, mas deve assinar acordo apenas na próxima semana

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

O doleiro Alberto Youssef prestou o primeiro depoimento ao Ministério Público Federal nesta quarta-feira (25), após decidir que fará um acordo de delação premiada.

O acordo, no entanto, só deve ser assinado na próxima semana, segundo o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, que cuida da defesa do doleiro.

Youssef foi retirado de sua cela na custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), que fica na periferia da cidade, e levado ao prédio onde está a força-tarefa da Operação Lava Jato, na região central.

A força-tarefa, com seis procuradores, foi criada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acompanhar as investigações.

A Folha revelou na terça (23) que o doleiro decidira fazer um acordo de delação premiada, no qual promete contar o que sabe sobre a Petrobras e o pagamento de suborno a políticos, em troca de uma redução de pena.

Os advogados de Youssef eram contra o acordo, mas a família pressionou-o a fazer a delação para tentar sair o mais rápido possível da prisão, onde está há seis meses.

Ele é réu em nove ações penais e pode ser condenado a mais de cem anos.

Também pesou na decisão de Youssef o fato de que outros quatro réus da Operação Lava Jato optaram por colaborar com a Justiça, entre os quais Paulo Roberto Costa, que foi diretor da Petrobras entre 2004 e 2012.

O doleiro, no entanto, não será colocado em liberdade imediatamente, como acontece em outros casos de delação. Terá de cumprir uma pena mínima de três anos em regime fechado, segundo investigadores que atuam no caso, por ser reincidente.

Em 2004, ele fez acordo semelhante e prometeu deixar o mercado paralelo de dólar, mas descumpriu o trato.

Youssef é acusado de comandar um esquema que seria responsável pela lavagem de R$ 10 bilhões, com ramificações em estatais como a Petrobras e partidos políticos como PP, PT e PMDB.


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