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OAB contesta candidatura da filha de Fux para TJ do Rio

Petição foi assinada por 31 dos 61 membros presentes à sessão do órgão

Até que o caso seja definido, permanecerá paralisada a indicação dos seis nomes que vão disputar a vaga na corte

MARCO ANTÔNIO MARTINS SAMANTHA LIMA DO RIO

Conselheiros da OAB-Rio pediram, na manhã desta quinta (25), a impugnação da candidatura da advogada Marianna Fux, 33, para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Rio.

O pedido foi assinado por 31 dos 61 advogados presentes à sessão na sede da OAB, no centro do Rio. O conselho da Ordem é formado por 160 advogados, entre titulares e suplentes. Marianna é filha do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Até que o caso de Marianna Fux seja definido, todo o processo de indicação dos seis nomes que disputarão a vaga de desembargador do tribunal ficará paralisado.

"Analisamos todas as 38 inscrições e observamos apenas critérios objetivos. A candidata em questão [Marianna Fux] não juntou toda a documentação necessária e ainda apresentou peças referentes à Justiça Federal quando ela deveria apresentar documentos referentes apenas à sua atuação junto ao Tribunal de Justiça do Rio. Então, entendemos que há problemas em sua inscrição", afirmou o conselheiro Álvaro Quintão, que apresentou a petição na sessão da Ordem.

Procurada, Marianna não retornou os contatos feitos por telefone e por e-mail.

Segundo a Folha publicou na segunda (22), o ministro Fux tem feito campanha em favor da filha para que ela seja uma das escolhidas para compor a lista sêxtupla que será encaminhada pela OAB ao Tribunal de Justiça do Rio.

De oito conselheiros ouvidos, quatro disseram que o ministro lembrou, durante as conversas, quais processos de que cuidavam poderiam chegar ao STF, onde Fux tem uma cadeira e pode influenciar os resultados. A campanha do pai para garantir a escolha de Marianna causou constrangimento no meio jurídico.

Incluindo Marianna, 38 candidatos se inscreveram para disputar a indicação para desembargador do Tribunal de Justiça. Com a medida tomada pelos conselheiros, na próxima sessão o conselho escolherá um relator para analisar o caso de Marianna. Com isso, o processo pode durar mais dois meses.


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