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Generais recusam desculpas por ditadura
Manifesto ataca Defesa e Comissão da Verdade
Um grupo de generais da reserva do Exército divulgou, na sexta (26), manifesto de repúdio ao ministro da Defesa, Celso Amorim, e com duras críticas à atuação da Comissão Nacional da Verdade.
Assinado por 27 oficiais que tiveram postos de comando durante a ditadura militar (1964-85), o documento diz que Exército, Marinha e Aeronáutica não devem qualquer pedido de desculpas pelos crimes cometidos no período.
"Abominamos peremptoriamente a recente declaração do senhor ministro da Defesa à Comissão da Verdade de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período", afirma a nota.
A manifestação é uma resposta a um ofício encaminhado por Amorim à Comissão da Verdade admitindo, pela primeira vez, que as Forças Armadas não têm condições de negar a ocorrência de mortes e crimes na ditadura.
O manifesto dos generais diz que a violência no período partiu da esquerda armada e que a Comissão da Verdade "açula" as Forças Armadas ao investigar somente os crimes cometidos pelo Estado. "Temos orgulho do passado e do presente de nossas Forças Armadas. Se houver pedido de desculpas, será por parte do ministro. Do Exército de Caxias não virão! Nós sempre externaremos a nossa convicção de que salvamos o Brasil!", conclui a nota.
A presidente Dilma Rousseff limitou-se a dizer que as leis precisam ser cumpridas.