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Assessor de Ministério da Justiça foi à PF pedir dados sobre Marina

Paulo Abrão queria informações sobre inquérito aberto em 2010 e que não teve suspeitas confirmadas

Secretário afirma que não solicitou acesso aos autos e que só pediu para saber o estágio das investigações

FERNANDA ODILLA NATUZA NERY DE BRASÍLIA

O chefe da Secretaria Nacional de Justiça, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, esteve pessoalmente na sede da Polícia Federal para pedir informações sobre um inquérito que poderia atingir a candidata Marina Silva (PSB).

Trata-se de investigação que foi instaurada para apurar suspeita de corrupção e de prevaricação no Ministério do Meio Ambiente, pasta que Marina comandou entre 2003 e 2008. O inquérito, contudo, foi arquivado em 2012.

Nem a PF nem o Ministério Público Federal encontraram elementos capazes de comprovar as supostas irregularidades na pasta comandada por Marina Silva. A candidata tem reclamado reiteradamente ser vítima dos ataques "selvagens" do PT.

Paulo Abrão, que chefia a secretaria, foi à sede da PF entre o final de agosto e início de setembro deste ano e esteve pessoalmente com integrantes da cúpula da polícia, que também é subordinada ao Ministério da Justiça.

Por meio da assessoria do Ministério, Abrão afirma que foi atender a um pedido de uma revista de circulação nacional, cujo nome não revela. Diz que não solicitou e tampouco teve acesso aos autos, apenas pediu informações do andamento do inquérito.

A investigação da PF foi aberta em 2010 e tinha como objeto atos praticados na gestão de Marina. A Folha não conseguiu precisar o ano exato em que eles ocorreram.

Os investigadores não conseguiram reunir indícios para confirmar a suspeita que pesava contra duas servidoras do Ministério do Meio Ambiente, ligadas à diretoria de Patrimônio Genético.

Elas foram investigadas por suspeita de terem retido, sem razão aparente, um procedimento contra uma companhia de cosméticos com sede nos Estados Unidos.

"Após extensa apuração [...] concluiu-se pela ausência de indícios de materialidade dos delitos", escreveu o Ministério Público Federal no DF, que defendeu o arquivamento das investigações.

A Procuradoria alegou que crimes como prevaricação já estavam prescritos. Apontou também a ausência de elementos mínimos que indicassem a oferta ou pedido de vantagem indevida, impossibilitando, assim, a apuração do crime de corrupção.

Segundo o Ministério da Justiça, Paulo Abrão apenas verificou o estágio processual dessa investigação. A pasta rechaça qualquer insinuação de que houve motivação política.

O secretário foi protagonista de uma celeuma entre o ministério e o PMDB, principal integrante da base de apoio do governo e da reeleição de Dilma Rousseff.

Ele gravou este mês um depoimento de apoio ao candidato do PC do B ao governo do Maranhão, Flávio Dino, que disputa a eleição contra o peemedebista Edison Lobão Filho (PMDB).


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