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Culpados por disparos contra índios não foram identificados
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAMPO GRANDE (MS)Para as famílias dos índios Oziel e Josiel Gabriel, a espera vai além da definição sobre a posse das terras.
Oziel acabou assumindo o papel de mártir dos índios nessa disputa ao morrer com um tiro, no confronto entre indígenas e policiais federais, em maio de 2013, durante reintegração de posse da fazenda Buriti, a primeira a ser invadida pelo grupo.
Josiel foi ferido com um disparo, um mês depois, durante a invasão de outra fazenda na mesma região.
Até agora, ninguém foi responsabilizado pelo tiro em Josiel. Também não se sabe quem foi o autor do disparo que causou a morte de Oziel.
Em janeiro deste ano, a Polícia Federal considerou o inquérito inconclusivo e encaminhou relatório para o Ministério Público Federal, que pediu novas ações à PF.
Josiel sobreviveu à bala nas costas e está tetraplégico. A casa dele, na aldeia Córrego do Meio, foi adaptada com a ajuda da comunidade para a locomoção em cadeira de rodas. "O médico disse que não tem previsão de andar, mas a gente tem muita esperança", disse o pai, Antônio Saturnino. "A gente não tem mais esperança é na Justiça."
A cada seis meses, Josiel viaja até um hospital da rede Sarah, em Brasília, para continuar o acompanhamento do seu tratamento.
