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CPI finaliza trabalho e oposição fala em pizza

Governistas barraram tentativa de prorrogar até 2013 investigação sobre relação de Cachoeira com políticos e empreiteiras

Decisão foi estender trabalho por mais 45 dias, mas não haverá mais convocações ou pedidos de informações

DE BRASÍLIA

Os partidos governistas decidiram ontem encerrar as investigações da CPI sobre Carlinhos Cachoeira sem aprofundar as apurações em relação ao dinheiro que teria sido desviado pelo grupo do empresário.

A CPI será prorrogada por mais 45 dias, mas nesse período não serão votados novos pedidos de informação ou convocações.

A extensão do prazo servirá para analisar o relatório final -que será conhecido no próximo dia 20.

A oposição defendia a prorrogação da CPI por mais seis meses. Em minoria, acabou sendo derrotada.

Também ontem, num movimento acordado entre PT e PMDB, os governistas impediram pela terceira vez, a votação de requerimentos que buscavam novas informações sobre o caso.

A decisão de finalizar a comissão sem avançar na apuração gerou diversos bate-bocas entre parlamentares.

"Lamentavelmente, vossa excelência talvez tenha sido obrigado pela 'companheirada' a dar uma manchada em sua biografia", afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-GO) ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

"Eu tenho certeza de que nenhuma das nossas biografias será manchada ou maculada. Há, evidentemente, um acordo de líderes, gostem ou não alguns parlamentares", respondeu o relator, Odair Cunha (PT-MG).

"Estamos determinando o fim da CPI sem investigar esse monumental esquema de corrupção. O relatório final será uma pizza gigante", afirmou o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR).

Apesar da frase de Dias, deputados tucanos trabalham para tentar poupar o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), investigado por suas relações com Cachoeira.

Com a decisão de ontem, a CPI deixará de investigar, por exemplo, empresas fantasmas que receberam milhões da Delta e de outras empreiteiras que tinham relação com Cachoeira.

A oposição também pedia investigação das relações do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e do ex-ministro José Dirceu com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta.


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