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Prefeitura do Rio suspende edital e decide gerir Cidade das Artes
Tribunal de Contas questionou licitação que escolheria OS gestora
A Prefeitura do Rio anunciou ontem que vai assumir a gestão do complexo conhecido como Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, cancelando seu plano anterior, que previa a administração do espaço por uma organização social (OS) escolhida por edital.
A mudança acontece depois de o Tribunal de Contas do Município questionar pontos do edital de licitação, publicado em agosto, o que levou a prefeitura a suspendê-lo às vésperas do fim do prazo para que interessados apresentassem propostas.
Agora, a polêmica construção, que consumiu mais de R$ 500 milhões em dez anos, ficará sob responsabilidade da fundação Rioarte, que será presidida pelo atual secretário municipal de Cultura, Emilio Kalil.
Ainda não foi definido quando ele trocará de cargo, nem quem o substituirá na secretaria. A data de inauguração da Cidade das Artes também continua incerta.
O mais provável é que haja um evento de abertura ainda neste ano, para marcar o início da gestão pela Rioarte, e que a programação cultural comece apenas em janeiro, com a estreia do musical "Rock in Rio", de João Falcão.
A prefeitura não explicou por que decidiu mudar a forma de gestão do espaço nem informou quanto investirá para administrá-lo.
No edital que previa a gestão por OS, o município repassaria pouco mais de R$ 48 milhões em dois anos, apenas para custear gastos com segurança, limpeza, conservação e manutenção.
Tanto Kalil quanto o prefeito reeleito, Eduardo Paes (PMDB), foram críticos da obra, iniciada em 2002, na segunda administração Cesar Maia (DEM), e considerada por eles desnecessária, mal localizada e um "triturador de dinheiro". O local abriga duas salas de espetáculo, 21 espaços "multiúso" e um estacionamento com 738 vagas.
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