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Morte de Celso Daniel ainda assombra novo prefeito de Mauá

FABIO LEITE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em março de 2006, o deputado estadual Donisete Braga (PT-SP) respirou aliviado com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de arquivar, por falta de provas, o inquérito criminal que o investigava por suposto envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002.

Ele havia sido alvo das apurações porque ao menos 15 ligações de seu telefone foram captadas por antenas próximas do cativeiro da vítima. Com a decisão do TJ, achava que acabaria ali um desgastante processo de acusações públicas. Ledo engano.

Em outubro de 2012, Donisete voltou a ser vinculado à morte de Daniel durante a campanha pela Prefeitura de Mauá, na Grande São Paulo.

O caso estampou panfletos distribuídos pela cidade e foi explorado pela adversária e colega de Assembleia Legislativa, Vanessa Damo. Para a peemedebista, seria a "bala de prata" para vencer no segundo turno. Outro engano.

"Ganhei a eleição ali", afirma Donisete, 45. "Ela [Vanessa] trouxe o tema no desespero para virar a eleição. Mas eu já fui absolvido e a população sabe disso", diz o petista, que venceu o segundo turno por 57% a 43% dos votos válidos.

Donisete foi o plano B que deu certo, a exemplo do que ocorreu em Osasco, onde o deputado João Paulo Cunha (PT) renunciou à candidatura após ser condenado no julgamento do mensalão e seu vice, Jorge Lapas, foi eleito.

Em Mauá, o prefeito Osvaldo Dias (PT) foi impedido pelo partido na última hora de disputar a reeleição por causa dos índices de rejeição e das condenações na Justiça, que o levariam a ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Duas vezes vereador e deputado pelo quarto mandato, Donisete pretende assumir a prefeitura comprando briga com cidades vizinhas por arrecadação de impostos.

"Mauá é o único município brasileiro que tem refinaria [Capuava] em que os tributos não ficam na cidade. Os dutos vão para São Caetano e Barueri e quem recolhe são eles. Com isso, perdemos R$ 170 milhões por ano. Em Duque de Caxias (RJ), Cubatão e Paulínia (SP) não é assim. Por que só com a gente?"

Com o trecho sul do Rodoanel em operação desde 2010, o petista espera atrair mais empresas, mas também repassar a gestão do Hospital Nardini, o maior da cidade, para o governo do Estado.

"Ele virou um hospital estadual porque atende as vítimas de qualquer acidente no Rodoanel", afirmou.

A cidade tem 420 mil habitantes e orçamento de R$ 790 milhões estimado para 2013.

Dependerá do governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma outra promessa de campanha: o Bilhete Único para integrar os ônibus municipais com as estações de trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Para isso, espera a ajuda da rival Vanessa Damo, da base alckmista na Assembleia.


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