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Arrecadação de Russomanno atinge 20% do teto previsto

Candidato recebeu doações de R$ 5,8 mi na campanha, menos de um quinto do que estimou no início da disputa

Para tesoureiro, empresas tiveram 'cautela' de aguardar definição sobre quem iria ao segundo turno

PAULO GAMA DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto durante boa parte do primeiro turno, o candidato derrotado do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, arrecadou para a sua campanha menos de 20% do que previa conseguir em julho.

No início do período eleitoral, Russomanno informou à Justiça que gastaria até R$ 30 milhões durante a disputa. Conseguiu R$ 5,77 milhões para a campanha que lhe rendeu a terceira colocação, atrás de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB).

Desse total, 85 % chegaram a sua candidatura por meio de doações indiretas, feitas por meio do comitê financeiro do PRB em São Paulo.

Como outros candidatos receberam recursos do comitê, não é possível identificar de quem são as doações que chegaram a Russomanno. A prestação de contas do comitê, que deixará isso claro, ainda não foi divulgada.

Outros 10% vieram por meio de doações ocultas, via direções municipal, estadual e nacional do PRB.

A prática, que não é ilegal, é usada por empresas e pessoas físicas que não querem ter seu nome diretamente associado aos candidatos.

A Justiça Eleitoral começou a divulgar nesta semana as prestações de contas dos candidatos a prefeito que foram derrotados no primeiro turno ou cuja cidade não teve segundo turno. Os candidatos que concorreram em outubro, como Haddad e Serra, só devem ter seus números publicados no fim de novembro.

A prestação de contas do quarto colocado na disputa, Gabriel Chalita (PMDB), ainda não foi publicada.

O tesoureiro da campanha de Russomanno, Aildo Ferreira, reconhece que a candidatura esperava ter arrecado mais. "Talvez os doadores tenham tido a cautela de aguardar a definição se ele iria ou não para o segundo turno, mas não havia motivos para resistência das empresas."

Sobre as doações ocultas, ele diz que a direção nacional do partido tem o controle de quem foram os doadores.

Quando entregou a prestação dos dois primeiros meses, Russomanno liderava a campanha com 35% das intenções de voto, mas havia recebido menos de um décimo do total declarado pelo petista.

À época, Russomanno adotou o discurso do "tostão contra o milhão", que elegeu Jânio Quadros prefeito em 1953, e disse que estava fazendo uma "campanha humilde".

UNIVERSAL

Além do que Russomanno declarou à Justiça Eleitoral, a Folha mostrou que sua candidatura usava a estrutura da Igreja Universal do Reino de Deus -instituição à qual seu partido é ligado- como espécie de comitê informal.

A campanha de Russomanno também teve o apoio de membros da Universal, que atuavam voluntariamente como claque em eventos da candidatura. Esse trabalho aparece em cerca de cem doações "estimadas" em R$ 300.


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