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Dilma inaugura adutora na BA que beneficia poucas áreas rurais

Obra que levará água do rio São Francisco para oito municípios do semiárido custou R$ 136 mi

Dos 120 mil habitantes que serão atendidos, 100 mil moram em área urbana; só quatro zonas rurais serão atendidas

Mário Bittencourt/Ag. Bapress
A presidente Dilma Rousseff é protegida por guarda-chuva durante inauguração de uma adutora no semiárido baiano
A presidente Dilma Rousseff é protegida por guarda-chuva durante inauguração de uma adutora no semiárido baiano
PAULO PEIXOTO ENVIADO ESPECIAL A GUANAMBI E MALHADA (BA)

A presidente Dilma Rousseff inaugurou ontem uma adutora que leva água tratada do rio São Francisco para oito municípios do semiárido do sudoeste baiano, mas poucos habitantes das áreas rurais serão beneficiados diretamente com essa obra.

Os principais atendidos pela adutora do Algodão, obra de R$ 136 milhões e 279,5 km de dutos, são as sedes de sete dessas cidades e apenas quatro áreas rurais, normalmente as que mais sofrem com as prolongadas secas.

A primeira fase da obra beneficia 120 mil pessoas, sendo que cerca de 100 mil habitantes dessas cidades vivem nas sedes urbanas. Aproximadamente 70% da população rural continuará dependente dos açudes, cisternas, barragens e carros-pipa.

Essa obra, contudo, é de suma importância na região. É a primeira vez que a água totalmente tratada chegará às sedes, que há dois anos convivem com o racionamento decorrente da estiagem.

No distrito do Julião, no município de Malhada (914 km de Salvador), uma das quatro áreas rurais beneficiadas, a presidente Dilma disse ontem em discurso que vai "derrotar a seca" e que vai usar o que "há de melhor no mundo", como adutoras e projetos de irrigação.

"Essa é uma obra simbólica e é simbólica porque é com obras assim que nós vamos resolver e vamos derrotar a seca", declarou Dilma.

Ela considera como vitória o fato de que, seja qual for a intensidade das secas, as comunidades do semiárido terem água estocada em quantidade suficiente para enfrentá-la sem passar sufoco.

NOVOS PROJETOS

A expectativa agora é que, com a água nas sedes, projetos sejam desenvolvidos para levar a água ao meio rural, disse o secretário de Administração e Finanças de Caetité, Aldo Gondim.

É o que imagina e cobra também o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guanambi, Luís Alves.

Ele declarou que os líderes das comunidades rurais já se mobilizaram e têm a promessa da Embasa de realizar, enfim, esses projetos.

A questão é saber quando o drama desses sertanejos baianos chegará ao fim. O presidente da Embasa (a estatal de água da Bahia), Abelardo de Oliveira Filho, evita marcar data, mas afirmou que "gradativamente as comunidades serão interligadas ao sistema".

A segunda etapa da obra, em licitação, vai levar a água a mais duas sedes urbanas e a "mais 45 pequenas localidades". O governo vai retomar projetos de irrigação na região e desenvolver outros.

Ontem, juntamente com a obra inaugurada chegou também a chuva. Há dez dias chove na região sudoeste da Bahia. Na chegada da presidente a Malhada, pela manhã, ela foi protegida por um guarda-chuva.

INVESTIMENTOS

À tarde, durante reunião com os governadores da região Nordeste, em Salvador, a presidente anunciou investimento de R$ 1,8 bilhão do governo federal em 77 obras de prevenção à estiagem em municípios nordestinos e do norte de Minas Gerais.

O plano é de construir e ampliar adutoras, barragens e sistemas de abastecimento. No encontro, os governadores assinaram termos de compromisso para início das obras, que devem ter a primeira fase concluída daqui a 18 meses.


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