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Governo publica hoje as primeiras exonerações

Todos os órgãos citados na operação da Polícia Federal farão sindicâncias

Na avaliação de Dilma Rousseff, indiciamento de servidores tornou a permanência deles impossível no governo

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff definiu que o indiciamento de servidores públicos pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro tornava impossível a permanência deles no governo e publica hoje as primeiras exonerações no "Diário Oficial da União".

Segundo um assessor, durante a reunião de sábado no Palácio da Alvorada, o governo considerou que, mesmo estando ainda na condição de investigados, os indiciados teriam de ser afastados e seriam alvo de sindicância.

Para a equipe mais próxima da presidente, o governo precisava emitir a mensagem de que não faz distinção ao analisar casos de servidores envolvidos em suspeitas.

Trata-se de uma clara referência ao fato de uma servidora ligada ao ex-presidente Lula, Rosemary Novoa de Noronha, estar na lista dos indiciados pela PF.

Chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rose, como é conhecida, terá sua exoneração publicada hoje no "Diário Oficial da União".

Além da saída de Rose, serão publicadas outras exonerações, como a do advogado-geral-adjunto da União, José Weber Holanda, e de Evangelina de Almeida Pinho, assessora da Secretaria de Patrimônio da União.

Foi na secretaria onde trabalha Pinho que foi elaborado o parecer que a favor do ex-senador Gilberto Miranda, que pedia renovação de sua permanência na Ilha de Cabras, no litoral paulista.

É o mesmo caso que atinge Weber, braço-direito do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. À AGU coube o parecer jurídico.

Deve ser publicada também a exoneração de um servidor do Ministério da Educação, cujo nome consta da lista dos indiciados pela PF.

SINDICÂNCIAS

O governo vai publicar também a abertura de sindicância pela Casa Civil e pelos ministérios do Planejamento e da Educação.

O "Diário Oficial" vai publicar ainda os atos definindo o afastamento dos diretores de agências reguladoras envolvidos no esquema: Rubens Carlos Vieira (Agência Nacional de Aviação Civil, Anac) e Paulo Rodrigues Vieira (Agência Nacional das Águas, ANA), ambos indicados para os cargos por Rose.

Irmãos, Rubens e Paulo Vieira serão alvo, durante o período de afastamento, de processo administrativo disciplinar com o objetivo de investigar suas atuações. São eles que fariam contatos com empresários para obtenção dos pareceres fraudulentos.

Como seus nomes foram aprovados pelo Senado, eles não podem ser exonerados. Para serem afastados, têm de responder a processo administrativo disciplinar.

Os irmãos Vieira foram apontados como os articuladores do esquema em Brasília, que fazia ponte com Rose em São Paulo. A PF apreendeu documentos nos gabinetes dos dois, que foram presos na sexta-feira.


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