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Kassab e líder do governo têm dados vendidos

Prefeito de SP e senador tiveram dados sigilosos quebrados e comercializados por quadrilha desmontada pela PF

Senador Eduardo Braga (PMDB-AM) disse que quadrilha tentou obter mais dados pessoais para chantageá-lo

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), foram alvo de espionagem e tiveram dados sigilosos comercializados pela quadrilha desarticulada anteontem pela Polícia Federal na operação Durkheim, de acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo".

A quadrilha vendia informações como extratos bancários e telefônicos, declarações de Imposto de Renda e atestado de antecedentes criminais obtidos com funcionários públicos, empresas de telefonia, bancos etc.

No caso de Kassab, a PF identificou a venda de uma conta telefônica particular. O prefeito minimizou ontem o caso e parabenizou a atuação dos policiais. "Não tenho nenhuma preocupação porque não faço nada de errado na minha vida", disse.

Segundo o "Jornal Nacional" da Rede Globo, uma das escutas mostrou que os integrantes tinham preocupação em relação à quebra de sigilo de Kassab. "É muito perigoso por se tratar de quem é, pois são monitorados", disse um dos supostos criminosos. De acordo com o "JN", a quadrilha cobrava até R$ 7.000 por uma escuta clandestina.

Já um cadastro do senador Eduardo Braga no Ministério da Justiça e a sua declaração do Imposto de Renda do ano passado foram violados.

O senador foi informado pela PF de que a quadrilha provavelmente pretendia chantageá-lo. "Estou estupefato. Pensei que isso fosse coisa de filme de James Bond."

Também foram vítimas os juízes Luiz Fernando Salles Rossi (TJ-SP) e Julio Siqueira Cardoso (TJ-MS).

A PF já identificou 180 vítimas de espionagem. Entre eles, estão um banco e um veículo de mídia. Segundo a PF, cerca de 10 mil pessoas e empresas podem ter tido dados sigilosos comercializados.

O escritório da advogada Priscila Corrêa da Fonseca, especialista em direito de família, foi alvo das apurações da PF. Em nota, disse que foi citada porque duas profissionais autônomas que são investigadas prestaram serviços ao escritório para obter dados "públicos".

Entre os suspeitos de terem usado os serviços da quadrilha está o advogado Marco Polo Del Nero, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Em nota, Del Nero disse que contratou legalmente os serviços.


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