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PT mantém apoio a PSB contra crise em Pernambuco

Petistas pretendem manter aliança no Estado enquanto Eduardo Campos não fizer oposição ao governo federal

Com 6 das 49 cadeiras na Assembleia, partido tem duas secretarias; posição 'independente' na Casa é avaliada

FÁBIO GUIBU DE RECIFE

Lançado à condição de coadjuvante em Pernambuco após a derrota eleitoral em Recife, o PT vai se manter na base do governo Eduardo Campos (PSB), mas com um olho voltado às articulações nacionais do líder socialista.

Os petistas querem evitar que a crise entre os partidos na eleição municipal contamine a relação na esfera estadual, o que significaria um embate direto com o governador, cotado para disputar a Presidência em 2014.

O PT pernambucano não se movimentará em direção à oposição enquanto Campos se mantiver ao lado da presidente Dilma Rousseff.

O apoio ao socialista, porém, será calculado. Por precaução, a palavra "independência" não será usada pelos petistas para definir a relação com o governo. Mas, na prática, é o que deve acontecer.

"O fato de sermos aliados do governo e fazer parte da base não significa que temos que votar em tudo o que o governador quiser", disse o deputado estadual Manoel Santos, líder da bancada do PT.

"Se um projeto do Executivo não for do interesse do povo de Pernambuco, votaremos contra, não por um rompimento com o governador, mas pela avaliação da matéria", afirmou.

Com uma bancada de seis cadeiras entre os 49 deputados na Assembleia Legislativa, o PT comanda as secretarias de Transporte e de Cultura. Perdeu a de Governo, com a renúncia do ex-deputado Maurício Rands durante crise na sucessão municipal.

REAPROXIMAÇÃO

A tendência de reaproximação se confirmou no final de semana, quando o PT do Recife aprovou apoio ao futuro governo do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB). Articulações para tentar reaproximar os partidos no município vinham sendo feitas há cerca de um mês.

Setores do PT ligados ao atual prefeito, João da Costa (PT), levaram ao diretório do Recife proposta de retorno à base de apoio ao PSB.

Houve reação e, em nota, o candidato derrotado do PT, senador Humberto Costa, insinuou que o apoio estaria sendo trocado por cargos. "Não é só participando com cargos que se colabora com o governo", declarou.

O PSB, que controla os ministérios da Integração Nacional e dos Portos, também não tem interesse imediato em se afastar do PT pernambucano. A parceria nacional interessa nesse momento.

Com mais dois anos de mandato, Campos tem pela frente duas vitrines internacionais -a Copa das Confederações e a Copa do Mundo- e precisa do apoio federal para obter sucesso.

Interessa também ao governador que o futuro prefeito da capital Geraldo Julio, eleito com seu apoio, inicie a gestão longe de conflitos e entraves políticos.


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