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PM é preso sob suspeita de atear fogo em motoqueiro durante blitz
Rapaz de 19 anos teve entre 50% e 60% do corpo queimado
O policial militar Maurício Penny Ribeiro, 33, foi preso em flagrante na madrugada de ontem sob suspeita de atear fogo em um motoqueiro em Americanópolis (zona sul).
O soldado foi autuado por sua colega, a cabo Vivian Cristina Almeida, 30, por tortura e tentativa de homicídio.
Uoshington Ramalho da Silva, 19, teve entre 50% e 60% do corpo queimado. O crime ocorreu por volta das 2h30, quando a PM abordou dois motoqueiros, parados por falta de combustível.
A delegada Ancilla Vega, do 26º DP, contou que eles aguardavam um casal que trazia uma garrafa de gasolina. "Deixaram o combustível e saíram, não viram nada."
Segundo Willian Gonçalves da Silva, 22, que estava com Uoshington, o soldado estaria à procura de uma arma. "A gente falou que não tinha. Ele ficou bravo e disse: 'não tem, então toma'. Jogou gasolina em nós."
Silva afirmou que enquanto pesquisavam a ficha criminal dos dois -ambos têm passagem, Ribeiro ameaçava colocar fogo neles. "Ele ficou com o cigarro e riscando o isqueiro. Fechei o olho porque ele jogou gasolina na minha cabeça, quando abri, ele ateou fogo no 'moleque'." Ele contou que só escapou porque quando viu o fogo saiu correndo.
O advogado de Ribeiro não foi localizado. A PM divulgou nota sobre o crime. "A PM não compactua com atos ilegais e investiga com rigor desvios de conduta e crimes cometidos por integrantes".