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Genoino assume mandato e diz estar com a 'consciência serena'

Sob aplausos, o ex-presidente do PT afirma não ver afronta ao STF em retorno à cena política

Mesmo com recesso até fevereiro, condenado na ação do mensalão vai receber salário de R$ 26,7 mil neste mês

DE BRASÍLIA

Sob aplausos, o condenado no julgamento do mensalão José Genoino (PT-SP) assumiu mandato se dizendo "confortável" e com a "consciência serena dos inocentes" para atuar na Câmara.

A volta do petista ao Congresso ocorre dois meses e meio após ser condenado a quase sete anos de prisão por corrupção passiva e formação de quadrilha por participação no principal escândalo do governo Lula.

Ele afirmou que não há constrangimentos nem afronta ao STF em seu retorno.

O petista disse que não vai representar nenhuma crise entre Legislativo e Judiciário: "Respeito os Poderes independentemente de concordar ou não com a decisão".

Genoino evitou entrar abertamente na polêmica sobre a perda dos mandatos dos condenados no mensalão. Disse que a questão tem de ser tratada pelos comandos da Câmara e do STF.

O petista não estimou por quanto tempo exercerá o mandato e reforçou que tem legitimidade para o posto, pois foi eleito suplente em 2010 com 92.326 votos.

Desde a eclosão do escândalo do mensalão, a votação de Genoino despencou. Se em 1998 ele foi votado por quase 307 mil pessoas, em 2006 e 2010 seus votos não ultrapassaram os 100 mil.

Ele foi eleito deputado federal entre 1982 e 2002 -ano em que perdeu a corrida para o governo de São Paulo para Geraldo Alckmin no segundo turno, apesar dos 8,4 milhões de votos.

Genoino prometeu ser atuante, mas sem estar na "linha de frente" de defesa do PT e dos governos Dilma e Lula.

O retorno de Genoino ocorreu em uma cerimônia fechada que durou pouco mais de dez minutos, acompanhada por deputados e parentes do petista e de outros 13 suplentes que assumiram uma vaga por causa dos parlamentares que renunciaram para comandar prefeituras ou secretarias. Ao todo, 17 suplentes foram empossados. Segundo relatos, Genoino foi um dos mais aplaudidos.

Ele terá um dos gabinetes considerados de primeira linha. Mesmo com o recesso até fevereiro, receberá o salário de janeiro, de R$ 26,7 mil, mais verba indenizatória.


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