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Ex-assessora da Presidência vai a fórum e evita imprensa

Na saída, marido entrou em atrito com repórter

DE SÃO PAULO

A ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha foi ontem à 5º Vara Criminal Federal cumprir a determinação de comparecer à Justiça a cada 15 dias.

Ela deixou o prédio sem falar com a imprensa e em meio à empurra-empurra entre jornalistas e seguranças.

O telefone de um repórter do jornal "O Estado de S. Paulo" chegou a ser tomado pelo marido de Rosemary, João Batista de Oliveira, que o acusou de fotografar indevidamente sua mulher.

Após a confusão, a juíza substituta Adriana Zanetti -que havia proibido a realização de fotos dentro da Vara-, reteve os jornalistas, entre eles o repórter da Folha.

Agentes federais disseram à juíza que os jornalistas tentavam tirar fotos de Rosemary sem sua permissão.

A magistrada impediu inicialmente que os repórteres fizessem ligações telefônicas sob o argumento de que acabara de abrir uma audiência para apurar o empurra-empurra e eventual descumprimento de sua determinação.

Após chamar uma representante do Ministério Público, a juíza redigiu uma advertência aos jornalistas sobre a proibição de fotos dentro da 5ª Vara Criminal.

Com a autorização da juíza, Rosemary utilizou a garagem do Fórum para não ser fotografada.

O encontro dela e os repórteres só foi possível no corredor dos elevadores que levavam à Vara. Questionada sobre a permissão de uso da garagem, a magistrada afirmou apenas que, como juíza, podia lhe conceder o acesso.

Rosemary foi denunciada sob a acusação de integrar esquema de venda de pareceres em órgãos do governo federal, conforme investigações da Operação Porto Seguro. Ela chegou às 15h40 no tribunal e permaneceu por 20 minutos, onde assinou o termo de comparecimento à Justiça a cada duas semanas.

O objetivo da medida é dar dar à Justiça ciência das atividades de Rosemary, que está proibida de deixar o país.

Compareceram ainda à 5ª Vara os irmãos Vieira, também acusados de participação no esquema.

Paulo Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional das Águas) e Rubens Vieira, ex-diretor da ANAC (aviação civil), chegaram ao tribunal ainda pela manhã.

Eles entraram pela porta da frente do tribunal, mas também não quiseram falar com a imprensa.


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