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Suposto hacker divulga dados de Lula

Personagens do mensalão também foram alvos, como o ministro do STF Ricardo Lewandowiski e Marcos Valério

Responsável por protesto em site alega ter extraído telefones e endereços de cadastro da Serasa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um suposto hacker divulgou ontem endereços, CPFs e telefones que pertencem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a outros personagens da política brasileira.

Também foram alvos o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski.

Tudo foi postado em um site onde há ainda a mensagem de que a Justiça teria esquecido de investigar Lula.

A Folha confirmou a veracidade apenas dos números residenciais divulgados -mas não conseguiu contato pelos telefones celulares.

O Instituto Lula informou que ainda não sabe se vai tomar medidas legais e lembrou que endereços de empresas e da própria residência do ex-presidente já eram públicos.

Em entrevista pelo Twitter, o suposto hacker afirmou que os dados foram extraídos do sistema da Serasa (empresa de análise e serviço de crédito). Segundo ele, essa seria a única forma de mostrar sua indignação com a corrupção.

A Serasa afirmou que o suposto hacker utilizou o login e a senha de um cliente para ter acesso a informações no cadastro interno.

No entanto, a empresa afirmou que não houve invasão do banco de dados. Segundo a Serasa, o cliente foi identificado e pode ser processado.

Para a especialista em direito digital Gisele Arantes, o suposto hacker poderia responder apenas por crime de falsidade ideológica, já que teria entrado no sistema com senha de outra pessoa.

Além disso, os dados divulgados não seriam sigilosos, mas sim particulares, já que são personagens que respondem a processos judiciais, diz ela. Portanto, não haveria crime cibernético nesse caso.

Nesta semana, a mesma pessoa divulgou dados de outros políticos -condenados no julgamento do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o deputado federal José Genoino (PT-SP).

Já em 2010, durante a campanha eleitoral para a presidência, outro hacker teve acesso a e-mails da então candidata do PT, Dilma Rousseff, e chegou a tentar vendê-los ao diretório nacional do PSDB, que recusou a oferta e comunicou o fato à PF.

No mesmo ano, reportagens mostraram que era possível obter tais informações em CDs vendidos em áreas de comércio popular, como a rua Santa Ifigênia (centro de SP). Eram comercializados inclusive informações sigilosas, como dados do INSS, da Receita Federal, além de cadastros do Departamento Nacional de Trânsito.


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