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Visibilidade do Supremo mais que duplica

Citações à corte em veículos de mídia crescem 116% em 2012; auge ocorreu em agosto, primeiro mês do mensalão

'Ano pop' do STF se reflete nas redes sociais; somente no Twitter, número de seguidores cresceu 75%

FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO

Em 2012, ano do julgamento do mensalão e de outros casos de grande repercussão, a exposição do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1.424 veículos de mídia escrita do país cresceu 116%, na comparação com 2011.

O pico no número de citações ao tribunal em jornais, revistas, portais e blogs da internet verificados por empresas de mídia contratadas pelo STF ocorreu em agosto, primeiro mês do mensalão, quando as referências à corte mais que quadruplicaram.

O "ano pop" do STF também foi percebido nas redes sociais. Em janeiro de 2012 o tribunal tinha cerca de 180 mil seguidores no Twitter. Esse número subiu para 316 mil em dezembro.

Os balanços de mídia do STF apontaram 170 mil menções escritas à corte no ano passado, mais que o dobro do verificado em 2011 (78 mil).

Considerados os cinco meses do julgamento do mensalão, o aumento foi de 170% ante 2011. A elevação foi de 33.963 para 91.839 citações em veículos de mídia escrita.

Só no primeiro mês do mensalão, os órgãos de imprensa mencionaram o STF 27.944 vezes. No mesmo período de 2011, foram 6.373.

Mas não foi somente o julgamento sobre a compra de apoio político pela cúpula do PT, o maior da história da corte, que projetou o STF.

No começo do ano passado o STF julgou a questão sobre o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar ilegalidades cometidas por juízes.

Depois vieram as causas sobre as cotas raciais em universidades, o aborto de fetos anencéfalos e a união civil de pessoas do mesmo sexo.

Para o ministro do STF Ricardo Lewandowski, que assume a presidência da corte interinamente a partir de amanhã, a grande exposição do STF na mídia é positiva e fez com que no decorrer do mensalão os ministros passassem a usar termos que pudessem ser entendidos pelo público não especializado.

Segundo Lewandowski, no julgamento "a linguagem foi ficando cada vez mais simplificada, para tornar os temas acessíveis ao cidadão".

A professora de ciência política da USP especializada em Poder Judiciário Maria Tereza Sadek também considera a divulgação do STF benéfica: "É preferível correr os riscos de uma superexposição a ter um tribunal fechado e sem independência".


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