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PSDB acusa Dilma de usar TV para lançar campanha à reeleição

Discurso de anúncio da redução na tarifa de luz foi a 'mais agressiva utilização do poder público', afirmam tucanos

Aliados dizem que um dos objetivos da petista é unir setores do PT ao projeto por mais 4 anos no Palácio do Planalto

DE BRASÍLIA

A oposição acusou ontem a presidente Dilma Rousseff de usar a máquina pública para atacá-la e, assim, antecipar a eleição de 2014.

A reação é a um duro, e calculado, pronunciamento de Dilma, feito em cadeia de TV anteontem para anunciar a redução nas tarifas de luz e atacar "aqueles do contra".

O PSDB afirmou que Dilma cometeu a "mais agressiva utilização do poder público" para lançar sua candidatura à reeleição, e o senador tucano Aécio Neves (MG), provável adversário do PT no ano que vem, disse que foi um partido político, não a presidente, quem discursou.

A Folha apurou que petistas ficaram eufóricos com o tom politizado da fala.

Nos últimos dias, ela vinha repetindo que, se as críticas à sua gestão ficassem sem respostas, seria mais difícil desmontar uma imagem negativa mais adiante. Daí o teor do pronunciamento, produzido por ela e retocado pelo marqueteiro João Santana.

Apesar da boa avaliação nas pesquisas de opinião pública, a presidente era alvo de ataques devido à gestão da área de energia, ao pífio crescimento econômico, excesso de intervenção na economia e manobras fiscais para fechar as contas.

"É como se ela pedisse 'seis'. Detalhe: ela tem o zap", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação), comparando a fala de Dilma ao truco -o zap é a carta mais alta do jogo.

Interlocutores palacianos disseram ainda que Dilma precisava unir setores do PT ao projeto por mais quatro anos de mandato.

Nos bastidores, alguns petistas defendem a volta em 2014 do ex-presidente Lula - com quem Dilma se encontra hoje em São Paulo.

Ainda sobre o discurso, interlocutores disseram que a frase final da presidente foi "uma dedicatória" a Aécio: "Somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais."

"A chefe da nação, que deveria ser a primeira a reconhecer-se como presidente de todos os brasileiros, agora os divide em dois grupos: o 'nós' e o 'eles'. O dos vencedores e o dos derrotados. Os do contra e os a favor. É como se estivesse fazendo um discurso numa reunião interna do PT", criticou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que "os tucanos vestiram a carapuça, pois se identificaram com a referência àqueles que são do contra".

(NATUZA NERY, GABRIELA GUERREIRO E MÁRCIO FALCÃO)


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