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Em público, oposição desiste de Renan

PSDB e DEM declaram embarque em candidatura 'independente' de Pedro Taques (PDT-MT), mas votação é secreta

Objetivo de tucanos é firmar posição para 2014, já que favorito tem apoio da presidente Dilma Rousseff

DE BRASÍLIA

Favorito para se eleger presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) perdeu ontem, em público, o apoio de integrantes da oposição.

O PSDB anunciou o embarque na candidatura de Pedro Taques (PDT-MT), lançado pelo grupo dos "independentes" num contraponto à indicação do peemedebista.

O gesto tem como objetivo firmar posição para 2014, quando os tucanos pretendem lançar Aécio Neves (PSDB-MG) para disputar a Presidência da República.

Renan tem apoio da presidente Dilma Rousseff. Sua candidatura reúne partidos governistas, inclusive o PT.

"É uma candidatura que não atende aos interesses do Senado, construída pela base do governo dentro dos interesses do Palácio do Planalto", disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Além do PSDB, o presidente do DEM, José Agripino Maia, declarou apoio a Taques. A avaliação é que um rompimento oficial com Renan traz menos desgaste do que a eventual perda de cargos para ocupar a Mesa Diretora -devido ao histórico de acusações contra ele.

VOTAÇÃO SECRETA

A manifestação pública dos parlamentares não é, porém, garantia de votos contra Renan, já que a votação é secreta. Aliados do favorito dizem esperar mais adesões.

Os quatro senadores do PSB -partido do governador Eduardo Campos (PE), também cotado para enfrentar Dilma em 2014- já tinham anunciado antes a desistência da candidatura Renan.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que havia registrado sua candidatura, decidiu retirar seu nome da disputa em apoio ao candidato dos "independentes".

Em entrevista à Folha, Pedro Taques disse que decidiu disputar a presidência do Senado porque "esta Casa não é um apêndice, um puxadinho do Poder Executivo".

"Há modos novos e melhores de fazer política", afirmou ele, citando a promessa de combater as medidas provisórias do Poder Executivo.

DEM e PSDB reúnem 15 senadores. Os aliados de Taques calculavam ter apoio de até 27 parlamentares -ainda insuficiente para tirar a vitória do peemedebista.

Para ser eleito, é preciso da metade mais um dos votos dos senadores presentes, com o quorum mínimo de 41 parlamentares no plenário.

CARGOS NA MESA

Pela tradição do Senado, os cargos na Mesa são divididos pelo tamanho das bancadas. O PSDB, terceira maior sigla, indicou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para a primeira-secretaria da Casa.

Sem o apoio oficial a Renan, o partido corre o risco de perder o cargo para aliados do peemedebista. O senador Gim Argello (PTB-DF) cogita se lançar na disputa.

"Não acredito que quem for vencedor queira ter uma Mesa que represente só a base do governo. Aqui não é uma extensão do Palácio do Planalto", afirmou Aécio.

Na divisão dos cargos loteados por aliados de Renan, o PT ficará com a primeira vice-presidência do Senado.

O partido indicou o senador Tião Viana (PT-AC). O senador Romero Jucá (PMDB-RR) vai para a segunda vice-presidência, enquanto outras quatro secretarias devem ter participação de PR, PTB e PP.

A definições dos nomes ainda estavam em negociação. O DEM reivindica uma suplência mesmo após deixar a candidatura de Renan.


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