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'Marineiros' divergem sobre estatuto de sigla

Simpatizantes da ex-senadora ainda discutiam definição de doadores do novo partido e da extensão de mandato

Moradores de Brasília anunciam na internet vagas para hospedar os militantes oriundos de outros Estados

ERICH DECAT JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

Previsto para ser apresentado hoje, o estatuto do novo partido de Marina Silva ainda apresentava pontos divergentes na véspera do evento.

A Folha acompanhou parte de uma reunião preparatória para a apresentação, realizada ontem em uma casa de eventos de Brasília. Ao lado de Marina Silva, participaram do encontro a ex-senadora Heloisa Helena e os deputados Walter Feldman (PSDB-SP) e Domingos Dutra (PT-MA).

Há um impasse na questão das doações. Na reunião alguns integrantes levantaram a possibilidade de haver doações só por parte das pequenas e médias empresas. Outros, mais radicais, defendiam uma "campanha de brechó", da qual só pessoas físicas poderiam fazer doações.

O texto preliminar também restringe as doações de empresas de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos.

Também há controvérsia sobre a validade, de no máximo 16 anos, de mandato para um parlamentar. Alguns fundadores do partido defendem só dois mandatos seguidos.

Sobre a questão de só integrarem "fichas limpas", alguns dos membros levantaram a possibilidade de se abrir uma brecha para quem tiver problemas com a Justiça em razão de envolvimento com movimentos sociais.

As discussões continuam hoje. Com a palavra, Marina Silva disse que não quer um partido para ser candidata à Presidência, mas não descartou a possibilidade de o partido lançar um nome: "Se dentro dessa estratégia uma candidatura, seja lá de quem for, que esteja apto a levar nossas ideias para frente, se colocar, nós vamos até ter candidato".

HOSPEDAGEM

Para receber os militantes, foram criadas vagas de hospedagem "solidária", anunciadas pela internet. Há, também, quem esteja recebendo os amigos. "Vou hospedar cinco: dois amigos de São Paulo, dois do Paraná e um do Rio Grande do Sul. Vai ficar bem apertado, porque meu apartamento tem 50m²", afirma o sociólogo Pedro Piccolo.

Leo Cabral, que abriga três pessoas, diz que o objetivo é reduzir os custos. "A ideia é tentar ser aberto, não limitando a participação das pessoas por questões econômicas", diz André Nahur, que abriga um universitário mineiro.


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