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Por 2014, Dilma deve rever cargos, diz líder do PMDB

Eduardo Cunha afirma que recompor governo com aliados é passo para reeleição

Para ele, momento que antecede campanha é ideal para sugerir mudanças; Planalto nega plano de reforma

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O novo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acha que a presidente Dilma Rousseff deve recompor "seu governo em função do processo eleitoral, de quem vai estar ou não a apoiando".

Em entrevista ontem à Folha e ao UOL, o deputado disse que agora é o momento de o Planalto repactuar o apoio de seus aliados para garantir sucesso em 2014. Essa operação se daria numa eventual reforma ministerial -negada pelo Palácio do Planalto.

"Nós já viramos o relógio de mais da metade do mandato [de Dilma, iniciado em 2011]. Nós estamos a 16 meses para começar a campanha eleitoral propriamente dita", disse o peemedebista.

Cunha, 54 anos, está em seu terceiro mandato e é um dos deputados mais poderosos do PMDB.

Começou sua carreira nos anos 1990 no antigo PPB (hoje PP), sigla de Francisco Dornelles e de Paulo Maluf.

Embora sugira a Dilma a recomposição dos cargos, Cunha acha que o PMDB ainda não deve falar nada.

A lógica do deputado é simples. Passados dois anos de mandato, Dilma precisa reacomodar as forças que dão apoio ao Planalto. Alguns grupos ficaram mais fortes. Outros se enfraqueceram.

O PMDB, por exemplo, tem cinco ministros, mas dois são ligados à seção maranhense do partido -sob liderança de José Sarney, que acaba de deixar a presidência do Senado.

Ela teria um relacionamento ruim com o Congresso? "Nos dois primeiros anos do governo Lula [também] não era muito bom o relacionamento", responde Cunha.

O líder do PMDB tentou também afastar os boatos sobre a substituição de Michel Temer na vaga de candidato a vice-presidente em 2014. Mas deixa sempre uma janela aberta para outro aliado.

"Michel, neste momento, é um nome que agrega mais. Se você fosse buscar um candidato a presidente da República do PMDB, o governador Sérgio Cabral, certamente, hoje, teria muito mais visibilidade eleitoral do que o próprio Michel Temer".

Para Cunha, o PMDB "caminhará com naturalidade" para reeditar a chapa Dilma-Temer. O deputado defende a recondução de Michel Temer como presidente do PMDB, decisão que o partido tomará em convenção agendada para início de março.

Mas não há tanta certeza sobre o atual vice-presidente da legenda, o senador Valdir Raupp (RO), que toca a agremiação no dia-a-dia.

Sobre o desempenho da chapa presidencial PT-PMDB em 2014, Cunha acha que "será uma eleição difícil". Para ele, Aécio Neves (PSDB) conseguirá ser majoritário em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, com vantagem de até "2,5 milhões de votos sobre qualquer outro".

"Eduardo Campos [PSB] vai se sair muito bem no Nordeste. É um governador bem avaliado". E Marina Silva (com seu novo partido, a Rede), "certamente vai sair menor do que saiu em 2010".


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