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PMDB do Rio ameaça abandonar presidente se PT lançar Lindbergh
Partido afirma que candidatura do vice de Cabral é 'inegociável'
Para impedir a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT), o PMDB do Rio ameaçou abandonar o apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Nota divulgada ontem pela presidência estadual da sigla afirma que o palanque duplo "não se sustenta". O PT do Rio defende a candidatura de Lindbergh para a sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB). O PMDB quer o vice-governador Luiz Fernando Pezão na cabeça da chapa com apoio dos petistas.
"É dever da Direção Nacional defender o seu principal Estado em termos de votos. Vai caber a Direção Nacional do PMDB dizer à Direção Nacional do PT o seguinte: se a tese de continuidade no plano nacional prevalece, tem que prevalecer no Rio. Se o PT nacional achar que pode abrir mão do PMDB do Rio, não terá nosso apoio evidentemente", disse Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ.
Ele disse que Cabral e o prefeito Eduardo Paes apoiam a nota, a ser lida na convenção nacional da sigla no sábado. No documento o PMDB rejeita a hipótese de palanque duplo para Dilma em 2014. Classifica a candidatura de Pezão de "inegociável".
"O cenário de palanque duplo para a presidente Dilma não se sustenta. Trata-se de uma equação que não fecha e cujo resultado não será a soma, mas a subtração", diz.
A nota foi lançada na semana em que Lindbergh inicia visita aos municípios do Rio para preparar sua candidatura. Ele foi a estrela nos programas do PT do Rio no fim de semana: "O PMDB não pode pensar que vai decidir por nós. A Direção Estadual do PT aprovou por unanimidade a minha pré-candidatura", disse.