Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

PSC escolhe pastor polêmico para Comissão de Direitos Humanos

Partido indicou Marco Feliciano para presidir grupo na Câmara

DE BRASÍLIA

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito ontem pela bancada do seu partido para assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Alvo de polêmica por declarações contra a comunidade negra e homossexual, o pastor mais uma vez negou ser homofóbico e racista, citou o pastor norte-americano Martin Luther King (famoso pela luta contra o racismo nos Estados Unidos na década de 1960) para se defender de críticas e disse que a Casa não voltará à "idade da pedra".

"Quero lembrar a todo mundo que um dos maiores nomes dos direitos humanos do mundo foi também um pastor: o pastor Martin Luther King. Era um pastor pentecostal como eu. E foi um grande representante, um cristão convicto. E por que essa história não pode se repetir?"

Feliciano foi escolhido por unanimidade depois de mais de duas horas de reunião da bancada. A reação de setores da base do governo, que ameaçaram não aprovar o nome indicado pelo PSC, fez com que a sigla cogitasse sugerir outro deputado para a vaga.

Na avaliação do deputado, porém, recuar "ficaria feio".

A comissão recebe e investiga denúncias de violações de direitos humanos e discute e vota propostas na área. É o presidente da comissão quem determina a pauta dos projetos a serem votados.

A próxima reunião está marcada para hoje, quando está prevista a votação que referendará ou não a indicação de Feliciano.

Sobre sua eventual atuação no comando da comissão, disse: "É claro que, se houver manifestações contrárias, todas elas serão ouvidas porque o espaço democrático possibilita isso."

O pastor disse, contudo, que pretende retomar discussões sobre outras minorias, como quilombolas e índios. "A comissão não é apenas do direito de uma comunidade, mas de todas as comunidades. Nenhum dos direitos fundamentais do cidadão será ali tolhido", completou.

Em 2011, ele declarou no Twitter que os "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé".

Depois, disse que foi mal compreendido: "Minha família tem matriz africana, não sou racista".

"Foi infelizmente distorcido esse assunto como isso acontece com todas as pessoas. Nunca tive origem de racista, foi só aquela citação e os ativistas fizeram isso virar uma bola de neve."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página