Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

IDH do Brasil melhora pouco no primeiro biênio de Dilma

Índice de Desenvolvimento Humano do país teve a menor alta dentre os Brics

Resultado manteve Brasil em 85º lugar no ranking mundial, de um total de 187 países, segundo Nações Unidas

DE BRASÍLIA

Relatório das Nações Unidas destaca o Brasil como um dos modelos mundiais para o aumento de desenvolvimento humano, mas indica que essa melhora desacelerou na primeira metade do governo Dilma Rousseff.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil em 2012 o mantém no 85º lugar num ranking de 187 países, segundo informações do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgadas ontem.

Seu índice é de 0,73 -sendo 1 o máximo possível. É um número parecido com o da Jamaica ou de Omã.

Entre 2010 e 2012, primeiro biênio de Dilma, o IDH brasileiro subiu 0,5%. É cerca de um terço da evolução do país tanto entre 2008 e 2010 quanto entre 2006 e 2008.

O crescimento no período é o pior dentre os Brics -grupo de emergentes composto por Índia, China, Rússia, África do Sul e Brasil. Nenhum deles teve nos últimos dois anos alta inferior a 0,7%.

A evolução do IDH brasileiro é também baixa quando comparada com a de países da América do Sul e com o México. Nesse conjunto, só Venezuela e Paraguai melhoraram menos que o Brasil.

O primeiro lugar de 2012 continua sendo da Noruega (0,955). A última posição é ocupada pelo Níger (0,304).

É difícil saber exatamente o que causou a desaceleração do Brasil nos últimos dois anos, uma vez que os componentes atualizados do indicador não foram apresentados.

É possível que o PIB (Produto Interno Bruto), que com Dilma cresceu em ritmo menor do que com Lula, seja uma causa, já que a renda é um dos três elementos do IDH -outros dois são saúde (expectativa de vida) e educação.

Representantes do Pnud também não apontaram uma causa e disseram que o ranking é mais fiel como um indicativo de longo prazo.

O governo federal questionou os dados. "A questão é: os dados brasileiros estão incorretos. A avaliação é injusta com o Brasil", afirmou a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social).

A principal reclamação refere-se ao fato de o Pnud ter desconsiderado 4,8 milhões de crianças, entre 5 e 6 anos, que já iniciaram sua atividade escolar e que teriam ficado de fora do relatório (porque não foi considerada a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos).

Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), com esse indicador atualizado, o Brasil subiria 20 posições.

O Pnud diz que parte dos dados é antiga (de 2010 e 2005) porque é a única forma de comparar o Brasil com o resto do mundo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página