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Ribeirão

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Impasse deixa paralisados prédios históricos na região

Levantamento achou ao menos 11 imóveis, alguns com obras embargadas

Só em Ribeirão, são nove prédios sem uso; no Hotel Brasil, peças foram retiradas sem permissão, diz Conppac

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Um hotel em estilo art déco de 1930 que hospedou estadistas hoje se esconde atrás de tapumes. A estação de trem que recebia os imigrantes do café está fechada com corrente e cadeado. Um palacete de 1922 com afrescos florais está quase em ruínas.

Prédios com valor histórico na região de Ribeirão Preto estão paralisados e são vítimas do desgaste do tempo.

Apesar de a maioria ser tombada, alguns imóveis estão sem uso ou com obras paradas em razão de embargo judicial, impasse com prefeitura ou opção dos donos. Pelo menos 11 bens na região encontram-se vazios, como palacetes de barões do café.

Ribeirão é a cidade com mais bens históricos parados, segundo o Conppac, órgão local de preservação histórica.

A polêmica mais recente é do Hotel Brasil, no centro. O Conppac embargou a obra em março após seus conselheiros verem pedreiros no local -o prédio, que precisa de autorização para reforma, não funciona mais de 20 anos. Assoalhos e vidros originais, dizem membros do Conppac, foram removidos sem permissão.

Outro embargo emperra há um ano as obras no antigo Cine São Paulo, embaixo do edifício Diederichsen, ele todo tombado. A rede de lojas Humanitarian aguarda aval do Conppac e da Promotoria para retomar a reforma.

Apenas a frente de tijolos à vista do que foi um galpão resta intacta da algodoeira Matarazzo, de 1936. O terreno também está com embargo. A Igreja Internacional da Graça de Deus precisa de aprovação do Conppac para erguer um templo no local.

Na rua Duque de Caxias, o bem conservado palacete Camilo de Matos, de 1922, está fechado. Nele dormem moradores de rua. Na rua ao lado, o palacete Albino de Camargo está em ruínas. Sobram no local lixo e fezes.

O palacete Jorge Lobato, no centro, está limpo e inteiro. Mas vazio. Avaliado em R$ 2,5 milhões, está à venda.

Com paredes e telhado degradados, o casarão da Caramuru, de 1870, fechado há décadas, deve ter um projeto de restauro neste ano. Não há prazo para início da obra.

A Estação Barracão, de 1886, está trancada, com peças de ferrovia à espera de um museu. Também está parada a obra dos antigos galpões da Cianê, após um incêndio. A prefeitura diz esperar aval da Promotoria para restaurá-lo.

Em Batatais, o belo palacete dos anos 1910 que já foi a Casa da Cultura está fechado há seis anos, após disputa judicial entre prefeitura e donos -eles não dizem por que fechou. Em Araraquara, o Complexo Ferroviário do Ouro está deteriorado.


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