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Ribeirão

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Alto custo e disputa familiar emperram recuperação de bens

Falta também uma política pública de preservação, afirma arquiteto especialista em patrimônio histórico

Prefeitura de Ribeirão tenta adquirir casarões particulares por meio de permuta com terrenos públicos

DE RIBEIRÃO PRETO

A partilha entre herdeiros de um antigo imóvel, que muitas vezes se arrasta por anos, e o alto custo para recuperar bens desgastados explicam a razão de alguns imóveis privados e públicos ficarem fechados por décadas.

Essa é a opinião de Ana Luiza Martins, diretora do centro de estudos de tombamento do Condephaat (órgão estadual de proteção ao patrimônio). "O problema [para conservar o imóvel] não é ele ser tombado, mas sim o processo de partilha da herança, de localizar os donos."

Como processos de herança levam tempo, há o desgaste do imóvel, o que aumenta os custos para restaurá-lo.

No caso de bens públicos, falta uma política pública de preservação, segundo o arquiteto Claudio Bauso, especialista em patrimônio.

Para isso, diz, é necessário que se faça um inventário detalhado, uma espécie de lista dos bens históricos.

O processo passa também, segundo Bauso, por uma educação patrimonial nas escolas e até entre os donos de imóveis, e da criação de leis de incentivo à proteção, como desconto em impostos.

Em Ribeirão, a Secretaria da Cultura tenta uma saída com donos de casarões particulares. A ideia é adquirir os palacetes por meio de permuta, ao ceder um terreno da cidade em troca.

É a tentativa, por exemplo, com o palacete Camilo de Matos. Segundo a secretária-adjunta da pasta, Érica Amêndola, os donos já mostraram interesse na permuta.

Sobre o casarão Jorge Lobato, a prefeitura fez a mesma sugestão, mas o valor do imóvel foi considerado alto pela secretaria. Paulo Whately, um dos donos do palacete, diz que a família está aberta a negociação.

Já o casarão Albino de Camargo, bastante deteriorado, precisa de uma reconstrução. Roberto Gomes, um dos representantes dos herdeiros, chegou a propor ao Conppac um desenho que aproveitaria a fachada original restante "preenchida" com uma nova construção de vidro, estrutura metálica e alvenaria.

Ele diz, porém, que para arcar com custos de um projeto arquitetônico, precisa de uma sinalização do Conppac de que a ideia é válida.

Dulce Palladini, presidente do conselho, diz que o órgão precisa do projeto detalhado, mas que, a princípio, vê viabilidade na proposta.

Sobre o palacete de Batatais, a família proprietária não explica por que o imóvel está fechado.

A prefeitura informa já ter pago aos donos R$ 4,9 milhões por ter usado o imóvel por 16 anos -falta quitar ainda R$ 3,2 milhões.


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