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Igreja de Batatais completa 60 anos ainda sem restauro de obra de Portinari

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Um dos principais cartões-postais da região de Ribeirão Preto e responsável por Batatais ser transformada em estância turística na década de 1990, a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde completou 60 anos ainda sem restauro das obras de arte expostas no local.

Inaugurada em 14 de março de 1953, com influência italiana -base da colonização da cidade-, a igreja sofreu nos últimos anos com a falta de conservação das telas de Candido Portinari (1903-62) que abriga em seu interior.

Tombadas pelo município e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as 14 telas que representam a via-sacra de Jesus foram responsáveis por um imbróglio nos últimos anos que pode estar perto do seu final.

De acordo com o pároco da igreja, Pedro Bartolomeu, as telas, doadas pelo próprio Portinari -nascido na vizinha Brodowski-, estão na igreja desde a sua inauguração. O último restauro aconteceu há 39 anos -em 1974.

Em 2009, foram encontrados resquícios de cupins no quadro "A Sagrada Família", avaliado por especialistas em R$ 15 milhões. Desde então, igreja, prefeitura e Estado discutem quem deveria fazer o quê para recuperar o acervo.

Um projeto de restauro de R$ 320 mil, aprovado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) à época, nunca saiu do papel.

"Não notei esforço nenhum da administração passada. Foi uma total inércia em relação ao restauro das obras", afirmou o padre Bartolomeu à Folha.

A reportagem procurou o ex-prefeito José Luís Romagnoli (PTB), mas não conseguiu ouvi-lo sobre o assunto.

Em janeiro deste ano, no entanto, o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araújo, foi à igreja conhecer o acervo sacro do pintor.

A intenção da prefeitura é firmar um convênio com o Estado para restaurar as obras.

A Secretaria de Estado da Cultura confirmou, por meio de sua assessoria, as discussões sobre o tema e disse que, apesar de o Estado não ser dono do acervo ou do prédio, estuda a "viabilidade legal do investimento nesse restauro, pois considera a importância da preservação do conjunto para a população paulista".


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