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Estudo vê falha na estrutura do Leite Lopes

Tamanho de banheiro e saguão de desembarque são insuficientes e faltam cafés e lojas, afirma pesquisa da USP

Única lanchonete fica lotada mesmo em dias tranquilos; Daesp diz ter gasto R$ 21,3 mi em melhorias no aeroporto

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Um estudo realizado no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, aponta que o nível de serviço do terminal é insuficiente ou regular em 69% dos itens avaliados.

Falta espaço em banheiros, no desembarque e na oferta de cafés e lojas, entre outros quesitos. De 26 pontos verificados quanto a conforto, segurança e acessibilidade, 13 foram classificados de insuficiente e cinco, regulares.

A pesquisa, da engenheira Lígia Gesteira Coelho, da Escola de Engenharia USP de São Carlos, foi publicada em uma revista da Sociedade Brasileira de Planejamento dos Transportes.

Foram considerados de tamanho insuficiente cinco banheiros, a área comercial (para cafés e lojas), o saguão de desembarque, a área de retirada das malas, a calçada externa do terminal, a área administrativa e a própria extensão total do terminal.

Também foram reprovados o número de assentos na área de desembarque.

Já o total de cadeiras no saguão, na área de check-in e outros três banheiros estão no limite da capacidade, diz a pesquisa.

Apenas foi definida como razoável a área do saguão de embarque e seu número de assentos, a sala pré-embarque, o total de balcões para check-in e a área para vendas e reservas de bilhetes.

Também está satisfatória a área para estacionamento e o número de vagas.

"Falta espaço para atender aos requisitos mínimos de conforto dos passageiros e garantir um padrão operacional adequado para a demanda", diz a pesquisadora.

Segundo o estudo, as deficiências foram atestadas em 2011, mesmo após as obras de ampliação do aeroporto entre 2008 e 2010.

A pesquisadora avaliou o Leite Lopes com base em um método desenvolvido em uma dissertação de mestrado ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), de São José dos Campos.

O método projeta uma área mínima, conforme volume de pessoas, para cada parte do terminal. Segundo a pesquisadora, a Infraero não traz uma definição precisa do tamanho desses espaços, o que dá margem a "certa subjetividade" ao gestor para projetar os aeroportos.

SEM SURPRESA

O resultado negativo da pesquisa é de fácil percepção do usuário comum, diz o arquiteto José Antonio Lanchoti, docente do Centro Universitário Moura Lacerda e que já desenvolveu estudos no ramo aeroportuário.

"A estrutura do aeroporto é ultrapassada. Vemos que tem limitações de espaços. Se tiverem dois ou três voos próximos há uma superlotação."

Mesmo em horários tranquilos, como no último dia 18, quando a Folha esteve no terminal do Leite Lopes, todas as mesas da única lanchonete estavam ocupadas.

O arquiteto Marco Maciel, 50, de Sorocaba, que utiliza o terminal, não tem grandes queixas, mas reclama da falta de informação. Naquele dia, não foi avisado sobre o atraso em seu voo.

OUTRO LADO

O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), em nota, informou que o Leite Lopes possui um programa de investimentos para ampliar a infraestrutura e atender a crescente demanda dos últimos anos.

O Daesp diz ainda que está investindo em outras melhorias, como obras de deslocamento da pista e adequações viárias no valor de R$ 170 milhões, por convênio com a prefeitura.

Em 2010, o Daesp estima ter investido R$ 10 milhões na ampliação do terminal.

Entre 2011 e 2012, segundo o Daesp, foram investidos mais R$ 11,3 milhões na ampliação do estacionamento, na urbanização em frente ao terminal, em melhorias no pátio das aeronaves e na aquisição de mais um caminhão de combate a incêndio.

"O aeroporto também recebeu a instalação de circuito fechado de TV com câmeras em vários pontos e implantação de monitores do sistema informativo de voos sobre partidas e chegadas", cita a nota.

A nota não informa sobre prazos para o terminal ganhar mais lanchonetes e outros serviços. Depois de ampliado, o Leite Lopes ganhou esteiras para a retirada de bagagens no desembarque e também uma base da Polícia Militar.


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