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Ribeirão

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Criadores tentam desenvolver novo tipo do tradicional buldogue

GUSTAVO STIVALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A paixão por cachorros tem motivado grupos de criadores brasileiros a criar ou, em alguns casos, resgatar, seu próprio tipo de cão ideal.

O buldogue campeiro, o bullbrás e o pastor da Mantiqueira são alguns dos exemplos das tentativas de se estabelecerem novas raças "fabricadas" no Brasil.

Em Avaré, no interior de São Paulo, uma versão brasileira do buldogue está surgindo graças ao trabalho de Wagmar de Souza, idealizador do projeto BullBras.

Desenvolvidos desde 2006, esses cachorros são de companhia, não latem tanto e não têm problemas de saúde como o do buldogue inglês. Eles terão as cores preta, azul e chocolate. Souza projetava a nova raça para 2016, mas o bullbrás ideal ficará pronto antes, segundo o criador.

O trabalho está na sétima geração e Souza diz que já encontrou alguns exemplares do que ele considera o ideal.

"A ideia básica da raça é ser um cachorro para o futuro", afirma Souza, que acha que, no futuro, não haverá mais cães funcionais -aqueles destinados ao trabalho-, só os de companhia.

Ao menos dez raças de cachorros diferentes já foram utilizadas no projeto. Com o auxílio de um programa, Souza faz o mapeamento genético das ninhadas, trabalho que deverá continuar mesmo depois que a raça estiver consolidada no país.

QUASE EXTINTO

Outro trabalho é desenvolvido pelo gaúcho Ralf Schein Bender, 58. Ele é responsável pelo resgate do buldogue campeiro -raça reconhecida em 2001 pela CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), uma das principais entidades brasileiras de criação de cães.

De porte grande, focinho curto e com a típica cara de mau dos buldogues tradicionais, o campeiro descende de cachorros que foram trazidos ao Brasil no final do século 19 por imigrantes europeus.

Esses cães, conhecidos popularmente como "bordogas", eram usados em fazendas e abatedouros para auxiliar na lida com a boiada e, em casos mais extremos, para derrubar e subjugar bois.

Na década de 1970, por causa de leis que proibiram o uso de cães em matadouros, os "bordogas" quase desapareceram. Bender, então, passou a visitar propriedades rurais para resgatar o cachorro que o fascinava.

"Morava perto de abatedouros e gostava de ver os cachorros trabalharem", diz.


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