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Prefeita Dárcy Vera deve deixar UTI hoje
Médico do hospital São Francisco diz que houve risco de morte nos primeiros dias da doença
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), deve deixar a UTI hoje e ser transferida para um quarto do hospital São Francisco.
Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, o médico intensivista Marcus Ferez, responsável pela UTI da unidade, disse que o quadro de saúde de Dárcy é estável e está em evolução.
"Ela está com suas funções vitais completamente estáveis, numa melhora crescente. Hoje, a prefeita não tem nenhum risco de morte", afirmou o médico.
Na última terça-feira, a prefeita foi internada em Brasília com infecção urinária, que evoluiu posteriormente para uma infecção generalizada. Ela foi à capital federal se reunir, ao lado de outros prefeitos, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
No sábado, Dárcy Vera foi transferida do hospital Santa Luzia, em Brasília, para o São Francisco, em Ribeirão Preto. A remoção foi feita em um avião UTI.
Ferez disse que a prefeita correu risco de morrer nos dois primeiros dias após a detecção do problema de saúde. "O caso dela foi muito grave, com um risco de morte bastante importante."
A prefeita deve ficar ao menos 20 dias em recuperação --cerca de uma semana no hospital, tomando antibióticos, e o restante do tempo, em repouso.
Ferez afirmou também que antes de ir à capital, Dárcy teve alguns sintomas que indicavam uma possível infecção urinária, mas ela acabou não dando tanta importância ao problema.
"Ela apresentou algumas queixas, como dor, ardor ao urinar, cólica e febre, mas imputou uma gravidade menor e mesmo assim viajou, passando mal lá [em Brasília]."
Por causa da sua internação, a prefeita pediu na última quinta-feira afastamento das funções por dez dias.
Quem está comandando a Prefeitura de Ribeirão nesse período é o vice-prefeito, Marinho Sampaio (PMDB).
O secretário de Administração, Marco Antonio dos Santos, informou que ainda não é possível antecipar se Dárcy Vera vai pedir um novo afastamento.
"Vamos aguardar as informações dos médicos no decorrer desta semana para decidir o que pode ser feito", disse Santos, à Folha.
