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Estado retira pés de café de estradas invadidas

Plantações encobrem sinalização e ocupam o acostamento das pistas

Primeira rodovia com lavoura eliminada foi a Altino Arantes; produtor diz que não atrapalha o trânsito

DANIELA SANTOS ENVIADA ESPECIAL A BATATAIS

Quatro mil pés de café plantados irregularmente ao longo de três quilômetros nas margens da rodovia Altino Arantes, em Batatais, foram arrancados ontem por uma equipe do DER (Departamento de Estradas de Rodagem)

A ação, que continua até a próxima sexta-feira, teve início depois que a Folha publicou reportagem mostrando que plantações de cana-de-açúcar, milho, sorgo, eucalipto e café têm invadido faixas de domínio do Estado e dos municípios.

A situação coloca motoristas em risco por encobrir sinalizações nas pistas e deixar as vias sem acostamentos.

Depois de identificar as irregularidades apontadas pela reportagem, o DER decidiu eliminar as lavouras das rodovias --a Altino Arantes, que liga Batatais a Altinópolis, foi a primeira.

Os trabalhos da equipe do departamento, com ajuda de uma máquina, começou às 10h. O DER chegou a detectar invasão de até 15 metros na faixa de domínio.

Um dos possíveis afetados pela ação, o motorista Ângelo Pereira do Nascimento, 56, pode perder os 6.500 pés de café que ele plantou numa faixa de domínio do DER, em Altinópolis. A equipe deve passar pelo local hoje.

SONHO PERDIDO

Segundo ele, o investimento na lavoura foi de R$ 10 mil. "Marquei as minhas férias para segunda-feira para fazer a colheita. Ia ter o primeiro lucro neste ano", disse.

Inconformado, Nascimento falou que nunca prejudicou nenhum motorista com suas plantações. "Fui motivado pelo sonho de dar melhor condição à família. Com uma enxada, um enxadão, um foice e um machado plantei tudo isso sozinho."

Além do café, Nascimento plantou quiabo, mandioca, abóbora e mamão no trecho.

Na região de Ribeirão Preto, o mesmo problema é registrado nas estradas vicinais, que são de responsabilidade dos municípios. A estrada que liga Altinópolis a Batatais e Patrocínio Paulista é a que concentra maior variedade de culturas nas margens.

Lá, plantações de café estão a 60 centímetros da via. Uma lavoura de sorgo está a 45 centímetros da vicinal.

Em Batatais, os problemas estão nas vicinais Geraldo Marinheiro e Antônio Dal Piccolo, com plantações de cana e milho a 3,4 m e a 1,45 m da via, respectivamente. A prefeitura da cidade informou que fará vistoria.

Já na estrada Mário Titoto, em Serrana, o problema é com canaviais, que estão a 3,1 metros da via.


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