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Saída de mais um secretário expõe crise em São Carlos

Em um só dia, anteontem, um secretário se demite e outro diz que sai em 30 dias

Vereador da base aliada também rompe com governo tucano, que está no poder na cidade há menos de cinco meses

LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A saída do terceiro secretário de São Carlos e o pedido de demissão anunciado por um quarto integrante do alto escalão expõem uma crise no governo do prefeito tucano Paulo Altomani, que assumiu a administração em janeiro.

Além do secretariado desfalcado, um vereador da base aliada anunciou o rompimento com o prefeito.

Em um único dia, Altomani perdeu dois secretários. Anteontem à tarde, Caio Graco Vilela Braga anunciou sua saída da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. À noite, o titular da Saúde, Edilson Abrantes, disse ao Conselho Municipal de Saúde que deixará o posto em até um mês.

Como outros secretários que já deixaram o governo, Braga disse, em nota, que saiu pela impossibilidade de aliar as atividades privadas com a função pública.

Ele acumulava a pasta de Obras Públicas, antes ocupada por Francisco Rodrigues Andriolo, que deixou a prefeitura em março.

A Secretaria de Serviços Públicos também está sem titular desde março, quando Sérgio Angelino se demitiu. Desde então, o secretário de Governo, Júlio César de Barros Soldado, comanda interinamente a pasta.

'CENTRALIZAÇÃO'

O vereador Idelso Marques de Souza, o Paraná (PHS), deixou a base aliada há duas semanas. Desde então, afirma adotar uma postura independente. "O problema na prefeitura é a centralização de poder no gabinete, que não dá condições para o secretariado trabalhar", diz.

De acordo com ele, qualquer decisão precisa passar pelo prefeito ou pelos secretários de Governo, Júlio Soldado, ou de Planejamento, Júlio César Pereira de Souza.

O vereador diz que seu rompimento se deu porque seu partido não é ouvido. Além disso, reclama das posições tomadas por Altomani. "Tem coisas que o prefeito prometeu de manhã e, à tarde, volta atrás."

O vereador da oposição Lineu Navarro (PT) disse ontem que a "debandada" denota a incapacidade do prefeito de manter a equipe coesa.

Já o tucano Maurício Ortega nega a centralização de poder e afirma que não há dificuldade para o prefeito manter sua equipe. "Eles deixam a administração porque é uma barra muito pesada e todos têm projetos pessoais."

Como as secretarias de Governo e Planejamento ficam no prédio da prefeitura, diz ele, aparentam ter mais proximidade com o gabinete.

A Folha não conseguiu falar ontem com Altomani nem com Soldado.


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