Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ribeirão e Rio Preto formam 'corredor' da dengue em SP

Estado já tem mais de 60 cidades que registram epidemia da doença

No mês passado, eram 24 municípios nessa situação, segundo levantamento feito pela reportagem

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO ANDRÉIA FUZINELLI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Pelo menos 63 cidades do Estado de São Paulo já atingiram níveis epidêmicos de dengue neste ano, segundo levantamento da Folha.

A situação mais crítica do interior está no corredor formado por Ribeirão Preto, Barretos e São José do Rio Preto, com 25 mil casos da doença.

São 32 cidades só da região de Rio Preto e outras 31 do Estado --incluindo a Baixada Santista-- que sofrem epidemia de dengue em 2013.

O número é maior do que o computado pela reportagem no mês passado, quando eram 24 municípios paulistas nessa situação.

Em Ribeirão Preto, que oficialmente soma 9.642 casos de janeiro a abril, a situação é tão grave que o frei Mauro Luiz de Oliveira, da paróquia Santo Antônio Maria Claret, celebrou uma missa às pessoas contaminadas com dengue anteontem no Ipiranga.

"Estou preocupado. Das cerca de mil pessoas que estavam na paróquia, 400 levantaram quando eu questionei quantos haviam sido picadas pelo mosquito."

Segundo ele, os casos de dengue é maior do que o divulgado. "Os números dos hospitais não batem com os de órgãos oficiais", disse o frei da igreja onde casou a filha da prefeita Dárcy Vera (PSD) com o vereador Evaldo Silva (PR), o Giló.

Em Rio Preto, sete pessoas morreram por causa da dengue nos últimos dois meses --uma média de uma morte a cada 9,7 dias. Naquela região, a epidemia é realidade em quase dois terços dos municípios. Das 52 cidades consultadas, 32 vivem epidemia.

Em uma delas, Catanduva, foi decretado estado de emergência no início deste mês.

VÍRUS TIPO 4

Para o médico e infectologista, coordenador do núcleo de medicina tropical da Universidade Federal do Ceará e consultor da OMS (Organização Mundial de Saúde) em dengue, Ivo Castelo Branco Coelho, o alto número de casos de dengue é justificado pela chegada do vírus tipo 4.

O infectologista da Unifesp Paulo Olzon diz que uma vacina será a solução para combater a dengue. "É difícil resolver o problema em clima tropical. O Aedes aegypti tem hábitos urbanos, precisa de sangue para proliferar."

A Secretaria estadual da Saúde informou que até o último dia 4 de abril, foram confirmados 42.445 casos.

Foram 12 mortes registradas no mesmo período na capital e nas regiões de Bauru, Baixada Santista, Presidente Prudente, Sorocaba, Rio Preto, Taubaté e Registro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página