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Greve afeta 11 campi da Unesp no Estado
Paralisação de professores e servidores começou ontem; na região, Franca e Jaboticabal tiveram serviços afetados
Em Franca, campus estava fechado ontem à tarde; docentes cruzaram os braços em Marília e São Paulo
A greve deflagrada ontem por servidores e professores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) prejudicou as aulas em pelo menos 11 campi no interior e na capital.
Segundo o Sintuerp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp), outras unidades ainda podem aderir à paralisação. Funcionários de Araraquara devem paralisar hoje.
Na região, funcionários já cruzaram os braços em Franca e Jaboticabal.
As categorias reivindicam, principalmente, aumento salarial de 11% e equidade de piso e benefícios em relação a colegas de outras instituições paulistas de ensino superior.
Além da greve de servidores e professores, há paralisação também de alunos de sete campi da universidade (leia texto nesta pagina).
O Estado concedeu reajuste de 5,39% no último dia 15, relativo à reposição da inflação medida entre maio de 2012 e abril deste ano, segundo o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).
O aumento vale para Unesp, Unicamp e USP.
Na semana passada, servidores técnico-administrativos, professores e alunos formalizaram uma pauta conjunta. A greve que começou ontem foi definida em assembleias realizadas na quarta-feira da semana passada.
ADESÃO
A adesão não é igual em todas as unidades que estão em greve. O corpo docente, por exemplo, só paralisou as atividades em Marília e no IA (Instituto de Artes) de São Paulo. Já os servidores pararam em outras nove unidades (veja quadro ao lado).
A Unesp tem 34 faculdades distribuídas em 24 campi.
De acordo com a a Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), o movimento grevista deve permanecer até que seja realizada uma reunião com a reitoria.
A universidade promete se reunir com professores, funcionários e estudantes na sexta-feira, em horários diferentes ao longo do dia.
NA REGIÃO
Em Franca, apesar de os professores não aderirem ao movimento, a paralisação impediu que as aulas fossem ministradas ontem, mesmo que parte dos alunos ainda quisesse manter as atividades.
De acordo com o diretor da unidade, Fernando Andrade Fernandes, o fato de os funcionários cruzarem os braços torna inviável a realização das aulas. "Sem eles, não há como preparar as salas."
O diretor diz ainda que, apesar da greve, serviços essenciais do campus não foram comprometidos, como setores ligados à administração responsável por pagamentos e compras e parte do setor acadêmico.