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Promotoria apura abate de bicho a marretada e a facada

Prefeitura de São Carlos confirma a prática e diz que já proibiu o método

Funcionário do parque onde ocorreram os abates fez a denúncia na internet por discordar da forma utilizada

LUIS FERNANDO WILTEMBURG ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS

O Ministério Público abriu inquérito ontem para apurar o abate de animais com marretadas, machadadas e facadas no Parque Ecológico Doutor Antonio Teixeira Vianna, em São Carlos.

A denúncia veio à tona depois que um funcionário relatou um dos abates, feito em 15 de maio, nas redes sociais. O tratador do parque Issac Soares de Souza também divulgou um vídeo mostrando um novilho sendo morto.

A prefeitura, responsável pelo parque, confirmou o uso desse método, mas disse que já proibiu a prática.

Nas imagens, feitas com um aparelho celular, um servidor segura o animal enquanto outro bate na cabeça com as costas de um machado. Em seguida, o bicho é golpeado no coração com uma faca. Em outro vídeo, o animal, ainda agonizando, leva outra marretada na cabeça.

O tratador afirma que fez a denúncia por não concordar com o método e para coibir a pressão que os funcionários sofrem para executar o abate.

Souza, que trabalha há três anos e meio no parque, afirma que a prática foi corriqueira durante todo esse tempo.

A carne dos bichos abatidos era destinada para alimentar outros animais.

O parque ecológico recebe e recupera animais silvestres. São 600 indivíduos de cem espécies, das quais 15 são carnívoras. Por mês, são consumidos 200 quilos de carne. A maior parte é comprada.

Para o promotor do Meio Ambiente, Sérgio Domingos de Oliveira, a explicação de abate para alimentar outros animais não justifica o método, que classifica como cruel.

Ele instaurou inquérito civil e solicitou investigação criminal à Polícia Civil sobre a ocorrência de maus-tratos. A pena máxima é de um ano de detenção. Oliveira também encaminhou os documentos à prefeitura.

Os primeiros a serem ouvidos pelo Ministério Público são os dois funcionários denunciantes, na próxima quinta-feira. Eles vão depor separados da equipe do parque.

O assunto ganhou repercussão na internet e foi abordado na sessão da Câmara de São Carlos anteontem.

"Exijo uma apuração real do que ocorre lá dentro", diz a vereadora governista governista Laíde das Graças Simões (PMDB), presidente da UIPA (União Internacional dos Protetores dos Animais).

Souza seria ouvido na noite de ontem pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara.


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