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Faltam avisos sobre carrapato em parque
Palco da Feira do Livro de Ribeirão, parque Maurilio Biagi tem apenas uma 'placa e meia' de alerta sobre ácaro
Segundo especialista, carrapato-estrela se prolifera nesta época do ano; ácaro causa febre maculosa em humanos
Palco da 13ª edição da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, o parque Maurilio Biagi não tem placas suficientes para alertar os frequentadores sobre a existência de carrapato-estrela no local.
São apenas duas unidades em toda a extensão do parque --e uma delas está quebrada na metade.
O carrapato está presente, principalmente, nas capivaras que vivem no parque.
Em contato com humanos, o ácaro pode causar febre maculosa --doença que pode matar se não for diagnosticada com rapidez e tratada com eficiência.
Em 2011, o local registrou uma infestação de carrapatos. Funcionários foram picados e uma morte pela doença foi registrada na cidade. Desde então, a prefeitura fecha o espaço às segundas-feiras, até as 14h, para limpeza.
A prefeitura, por meio de sua assessoria, informou que não há proliferação de carrapatos-estrela no local.
Trabalhadores que montaram os stands da feira do livro afirmaram que não foi dado nenhum aviso sobre a presença de carrapatos. Alguns chegaram a dizer que desconheciam o caso. "Ninguém avisou a gente sobre ter carrapato aqui não", disse um montador, que pediu para não ser identificado.
Dois trabalhadores contaram que foram alertados por funcionários do parque sobre a existência do ácaro. "Eles pediram para não andar próximo do córrego", disse um dos trabalhadores.
Segundo Carlos Alberto Perez, coordenador de pesquisa de controle do carrapato-estrela da Esalq/USP de Piracicaba, é nesta época do ano em que acontece a proliferação do ácaro com o processo de reprodução das fêmeas.
"Assim, é fundamental que a prefeitura coloque alertas e avise as pessoas que elas estão sujeitas a picadas do carrapato-estrela", disse.
Segundo o especialista, os carrapatos se concentram, principalmente, em ambientes com sombra. Ele recomenda que os frequentadores evitem esses espaços.
No parque, as áreas mais sombreadas estão próximas ao córrego que corta o local. É nesse ponto que fica a placa quebrada. A outra fica próxima à ponte do córrego, que faz a ligação do espaço.
