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Ribeirão

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Protestos ganham apelo local em cidades da região

Foco foi a redução do preço das passagens, mas também saúde e educação

Em Ribeirão Preto, a prefeita Dárcy Vera (PSD) foi um dos alvos dos manifestantes, que cobraram melhorias

DE RIBEIRÃO PRETO

Os protestos ocorridos nas grandes capitais nas últimas duas semanas ganharam contornos locais nas principais cidades da região --Ribeirão Preto, Franca, São Carlos, Araraquara e Barretos.

Os focos foram a redução no preço das passagens e melhorias no transporte coletivo, mas também se protestou contra a corrupção e a atuação dos políticos, e por melhores condições na saúde, educação e segurança.

Para o doutor em ciência política Milton Lahuerta, coordenador do laboratório de política e governo da Unesp Araraquara, é natural que os manifestantes absorvam temas locais nos protestos no interior.

O especialista disse que, mesmo nessas localidades, o pano de fundo das manifestações é um sentimento generalizado contra a política, "o que é preocupante".

Para o cientista político Antonio Carlos Mazzeo, professor da Unesp Marília, a abordagem de temas locais ganha intensidade nos municípios onde os problemas são mais evidentes. No entanto, o recado que a sociedade dá é o mesmo em qualquer lugar. "Os manifestantes estão dizendo: governantes, não se esqueçam que vocês governam para nós'", afirmou. "A gente quer ter voz ativa nos processos decisórios."

"FORA, DÁRCY"

Em Ribeirão Preto, um dos alvos dos manifestantes foi a prefeita Dárcy Vera (PSD). Sob gritos de "Fora, Dárcy" e "Ribeirão não precisa de você", eles reivindicaram melhorias nos atendimentos dos serviços públicos.

A prefeita sofre desgaste na administração após ter o mandato cassado em primeira instância pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político. Ela recorreu da decisão. Atualmente, o caso está em apreciação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Na cidade, 25 mil pessoas --segundo cálculos da Polícia Militar-- protestaram no município na noite da última quinta-feira.

Em São Carlos, o movimento Transporte Justo, nascido em 2011, levou 15 mil pessoas às ruas, segundo a PM, para protestar contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em R$ 0,10 (para R$ 2,75) no final do ano passado.

Em Araraquara, um dos alvos das manifestações foi a venda do prédio da CTA (Companhia Trólebus Araraquara). "Somos contra a venda de patrimônio público em local de alto padrão", disse o estudante Célio Peliciari, 19.

A epidemia de dengue em Barretos também foi alvo dos manifestantes. Em passeata na cidade, pediram melhorias na saúde.


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