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Ribeirão

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Promotoria quer ação sobre o Santa Lydia

Medida será tomada após prefeitura descumprir prazo para entrega de plano de recuperação financeira do hospital

Direção do local diz, porém, que protocolou informações no prazo; Ministério Público não confirma

VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério Público estuda tomar providências contra a Prefeitura de Ribeirão Preto e a direção do hospital Santa Lydia pelo descumprimento do prazo para entrega de um plano de recuperação financeira da instituição.

O acordo com a Promotoria previa a entrega dos documentos em 15 dias. O prazo venceu ontem sem sinalização do poder público, segundo o Ministério Público.

A prefeitura diz que enviou os dados em tempo, o que a Promotoria não confirma. A dívida do hospital está estimada em cerca de R$ 10 milhões.

Na semana passada, o diretor-administrativo do hospital, Ariclenes Garcia da Silva, comprometeu-se a passar as informações solicitadas no prazo estabelecido. Ontem, Silva não se manifestou sobre o assunto.

"De fato o prazo se encerra hoje [ontem]. Caso não receba, começo a estudar as providências que deverão ser tomadas a partir de amanhã [hoje]", disse o promotor da Cidadania de Ribeirão, Sebastião Sérgio da Silveira.

Em 2010, a prefeita Dárcy Vera (PSD) assumiu o hospital como doação da família Ribeiro Pinto à prefeitura e passou a usá-lo como uma das bandeiras políticas do governo. Ela dizia, até em campanha eleitoral, que o hospital era uma conquista para a saúde pública da cidade.

No entanto, passou a ser alvo de críticas pela falta de transparência na gestão. A Fundação Santa Lydia, responsável pelo hospital, começou a atuar como contratante de funcionários temporários para atuar no município. Na Câmara, Jorge Parada (PT) estuda convidar o diretor-administrativo do Santa Lydia para dar esclarecimentos na Comissão Permanente de Saúde, onde é presidente. A medida tem apoio do também oposicionista Bertinho Scandiuzzi (PSDB).

Na semana passada, os vereadores aprovaram a convocação de Silva. Porém, ela só deve acontecer 15 dias após o fim do recesso, no final do mês de julho. "Se possível, queremos ouvi-lo no recesso", disse Parada.

Segundo Parada e Scandiuzzi, o governo da prefeita Dárcy Vera e da administração do Santa Lydia erram em não prestar informações sobre as dívidas do hospital. O valor, de acordo com eles, é desconhecido.

A mesma reclamação é feita por integrantes do Conselho Municipal de Saúde. Segundo o conselheiro Marcos Antonio Dardella, apesar das solicitações, ainda não foi feita nenhuma prestação de contas do hospital.

"Chega de fazer as coisas por debaixo dos panos. A gestão desse hospital precisa de transparência. Desde a compra dele pelo município é que não temos informações. Não sabemos como foi essa transação", disse Dardella.


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