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Ribeirão

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Jovem infrator dorme em colchão no chão

Situação ocorre quando há um número de adolescentes acima da capacidade da Fundação Casa de Franca e Ribeirão

Decisão do STF permite que unidades tenham 15% a mais de jovens; Defensoria e Pastoral condenam excesso

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Com excesso de adolescentes infratores permitido pela Justiça, internos da Fundação Casa (antiga Febem) estão sendo acomodados em colchões no chão de algumas unidades do interior.

A situação ocorre em Franca, Ribeirão Preto e em outras unidades, segundo a Pastoral do Menor e a Defensoria Pública do Estado.

Uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), do ano passado, permite que a Fundação Casa mantenha até 15% a mais de adolescentes do que a capacidade.

Como os prédios não foram construídos prevendo a lotação e as camas originais são fixas --de cimento--, colchões são colocados no chão.

Em Franca, por exemplo, as vagas de internação passaram de 56 para 64 e as de internação provisória de 16 para 20, segundo o coordenador da Pastoral do Menor no Estado, padre Ovídio José de Andrade. A entidade administra conjuntamente com ao Estado a unidade em Franca.

"O prédio foi construído para 56 meninos. [Para] Esses extras que chegam são colocados colchão no chão", disse. Segundo ele, a situação se repete em Jundiaí.

O mesmo ocorre em Ribeirão, segundo o defensor público Victor Hugo Albernaz.

Mas a própria Defensoria estadual admite ter conhecimento de que a prática se estende por outras unidades do interior, diz Leila Sponton, coordenadora auxiliar da Infância e Juventude do órgão.

O diretor regional da Fundação Casa, Guilherme Astolfi Caetano Nico, disse que adaptações foram feitas para acomodar os 15% extras "sem que os garotos fiquem em situação vexatória".

Ele diz que as bancadas de cimento nos quartos, que servem como escrivaninha, são usadas como camas alternativas para esses jovens.


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