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Ribeirão

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Obra na pista do Leite Lopes começa até abril

Licitação será aberta neste semestre, e tramitação dura 120 dias; mudança na pista é questionada por Promotoria

Após boom em 2011, aeroporto sofreu uma estagnação do volume de passageiros até junho, ante 2012

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

O governo do Estado vai abrir neste semestre a licitação para iniciar o deslocamento da pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. A estimativa é que as obras comecem até maio de 2014.

É justamente a alteração da pista, defendida por Estado e prefeitura para viabilizar a internacionalização do Leite Lopes, que sofre críticas e ações judiciais.

O Ministério Público Estadual, autor de uma ação civil, informou à Folha que irá novamente à Justiça assim que se confirmar o início da obra.

Segundo o promotor Antonio Alberto Machado, a intenção é impedir o deslocamento da pista até que se apresentem novos estudos ambientais e de impactos da vizinhança e do ruído.

Em junho, a Justiça de Ribeirão havia negado o pedido da Promotoria para impedir as obras. Mas para Machado, nada o impede de tentar uma nova liminar se a licitação se consolidar.

Com uma pista atual de 2.100 metros, sendo 1.700 metros úteis, o Leite Lopes opera hoje praticamente só com voos de passageiros.

Para receber aviões maiores de carga, é preciso haver no mínimo 2.100 m úteis.

Um acordo assinado em 2008 entre a prefeitura e a Promotoria "congelou" a pista. A proposta do Estado é deslocá-la, "empurrando-a" em direção à avenida Tomás Alberto Whatelly para chegar aos 2.100 m úteis --o mínimo necessário para aviões cargueiros.

O prazo médio para trâmite da licitação é de 120 dias. Sobre as críticas da Promotoria, o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) disse que o caso é analisado pelo Estado.

ESTAGNAÇÃO

Depois de um boom entre 2010 e 2011, o volume de passageiros transportados no Leite Lopes praticamente estagnou. Foram 537.187 até junho deste ano, quase o mesmo quadro (536.158) do primeiro semestre de 2012.

Segundo James Rojas Waterhouse, docente do curso da engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, também no cenário nacional houve certa estagnação, apesar do crescimento econômico.

Mas no caso do Leite Lopes, os números se explicam também pelas mudanças nas companhias aéreas em operação no aeroporto. "A Passaredo passou por oscilações econômicas e há a ausência da Webjet [empresa comprada pela Gol em 2011]."

O fato de estagnar, e não cair o volume de passageiros, acende um alerta, diz o docente. "Mostra que o terminal já está superlotado. Se recebermos novos aviões e linhas, o aeroporto ficará cada vez mais desconfortável."

Em nota, o Daesp diz que a movimentação "está atrelada à demanda de passageiros e voos" e que houve oscilações com a saída da Webjet. O número de voos, afirma, é de responsabilidade e interesse das empresas.


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