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Estado define medidas para tentar fábrica de amônia para São Paulo
São Carlos entrou na disputa ao se dispor a dar área à Petrobras
O governo do Estado começa hoje a definir as primeiras medidas para tentar fazer com que a Petrobras construa uma fábrica de amônia em São Paulo, e não em Uberaba (MG), como previsto. São Carlos entrou na disputa e é vista como propícia pelo Estado para receber o investimento.
É o que afirmou anteontem à Folha o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Rodrigo Garcia.
De acordo com o secretário, ele recebeu uma determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que tenha empenho em obter a fábrica de amônia da Petrobras para o Estado.
"Assumi recentemente a secretaria tendo como meta promover o desenvolvimento, e uma fábrica da Petrobras, com certeza, atende a esse objetivo", afirmou.
Segundo o secretário, o governo vai oferecer toda a infraestrutura necessária e até benefícios tributários para que a empresa possa ser instalada em terreno paulista.
Hoje, a nova fábrica é motivo de disputa entre o governo paulista e o de Minas Gerais. Em São Paulo, São Carlos e Ribeirão Preto estão no páreo. Já em Minas, apenas Uberaba está na briga.
O prefeito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB), disse na última semana que pode colocar à disposição da Petrobras uma área para que a fábrica seja construída.
O argumento do prefeito é que, em vez de gastar R$ 750 milhões com o gasoduto até a cidade mineira, a fábrica poderia ser feita em sua cidade, que já é abastecida com gás.
A obra do gasoduto vive um impasse devido à sua categoria, se será de distribuição (ramal que sai de uma linha principal, a de transporte) ou de transporte. A Petrobras disse que a fábrica está em estudo, mas não comentou o interesse de São Carlos e Ribeirão em abrigá-la.