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Ribeirão

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Dárcy se exime de culpa no caso Santa Lydia

Prefeita diz que o hospital 'não é da prefeitura' e que assuntos sobre crise na instituição devem ser tratados com diretor

Dárcy já fez propaganda sobre o Santa Lydia dizendo que o hospital resolveria os problemas da saúde em Ribeirão

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), se eximiu ontem de culpa pela grave situação financeira enfrentada pelo Hospital Santa Lydia, que acumula cerca de R$ 10 milhões em dívidas (a maior parte com bancos).

Em entrevista concedida na prefeitura ontem pela manhã durante um evento promovido para arrecadar dinheiro para a Apae, a prefeita disse que os problemas referentes ao hospital deveriam ser tratados diretamente com o diretor da unidade.

"Sobre o Santa Lydia, você fala com o Ari [Ariclenes Garcia da Silva, diretor da fundação que administra o hospital]. O que acontece? A prefeitura criou o Santa Lydia, deu vida, mas agora ele tem vida própria. [O hospital] Não é da prefeitura, a prefeitura não o mantém", disse Dárcy.

Apesar da declaração, o Santa Lydia foi doado ao município em julho de 2010. A própria Dárcy é quem faz a nomeação do diretor da fundação --assim como a prefeita nomeia os presidentes da Fundação Dom Pedro 2°.

Silva foi nomeado por Dárcy para exercer o cargo de diretor administrativo da fundação Santa Lydia em 28 de dezembro de 2010, conforme portaria assinada por ela.

A prefeita ainda fez propaganda com a obtenção do hospital --inclusive na campanha eleitoral do ano passado--, dizendo que o Santa Lydia era uma solução para a saúde pública de Ribeirão.

Ontem, Dárcy afirmou também que a prefeitura não repassa dinheiro para o hospital. Os recursos destinados pelo município são provenientes do governo federal, que paga procedimentos feitos pelo SUS.

"As pessoas fazem confusão. A prefeitura não repassa uma verba mensal para o Santa Lydia. O hospital vende serviços para nós [o município]. [Assim] Como compramos [serviços] da Santa Casa, da Beneficência Portuguesa."

Ela disse que não há como a prefeitura repassar mais dinheiro para o hospital porque os pagamentos são feitos de acordo com a tabela do SUS.

'MAIS VERBA'

A Folha não conseguiu falar ontem com o administrador do hospital. Anteontem, ele compareceu à Câmara depois de ser convidado a dar esclarecimentos na Comissão de Saúde.

Silva falou que a direção cogita obter verbas de emendas de deputados, do Estado, da União e da prefeitura, além de aumentar os atendimentos a planos privados de saúde, que pagam mais.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Jorge Parada (PT), disse que o problema do hospital é de gestão. E cobrou também mais transparência.

"Os dados de procedimentos só apareceram depois que o Ministério Público entrou na história", disse o vereador.


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