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Polícia Federal prende ex-secretário e 3 integrantes do governo Barbieri

Outros 2 secretários de Araraquara pediram afastamento dos cargos após deflagração da operação

Suspeitos de crimes administrativos e eleitorais, segundo a PF, eles estão presos na cadeia da cidade

DANIELA SANTOS ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA

Uma operação da Polícia Federal resultou ontem nas prisões de um ex-secretário e de três coordenadores do prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB). Eles são suspeitos de crimes eleitorais e administrativos.

Além dos quatro, uma assessora do vereador Ronaldo Napeloso (DEM), aliado e ex-titular da Agricultura em Araraquara, foi presa e outros dois secretários pediram afastamento ontem após a divulgação das detenções e a apreensão de documentos.

Os dois supostos esquemas ilegais foram descobertos depois que a Polícia Federal começou a investigar o patrimônio de Napeloso. Segundo o delegado Nelson Edilberto Cerqueira, não havia uma fonte de renda lícita que justificasse os rendimentos.

Na apuração, a polícia descobriu indícios de práticas ilícitas no governo Barbieri. Na Secretaria de Ciência, Tecnologia, Turismo e Desenvolvimento Sustentável, por exemplo, a PF apontou cobrança de propina em troca de liberação para construções industriais em áreas públicas.

Já na Agricultura foram detectados indícios de fraude em programa do governo federal destinado ao estímulo da produção familiar.

"Produtores rurais [cadastrados no programa] serviam de laranjas para os servidores públicos", disse o delegado. Com o cadastro, as famílias poderiam vender até R$ 5.500 por ano às entidades credenciadas, "mas até alimentos podres eram repassados nesse esquema", disse o promotor Herivelto de Almeida.

A pedido da Justiça, a prefeitura exonerou ontem o coordenador de Agricultura Hélio Aparecido Azevedo. O ex-coordenador de Projetos e também funcionário do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) Ademir Palhares e o ex-coordenador de Agricultura Cristiano Rumaqueli já haviam sido exonerados.

De acordo com Barbieri, Palhares foi demitido do serviço público por corte de gastos. Já Rumaqueli saiu por vontade própria.

A assessora de Napeloso Maria Helena Scuoppo também foi presa. Ela foi afastada do cargo por 90 dias, assim como o vereador.

Os homens foram encaminhados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Araraquara e a mulher, à cadeia feminina de Santa Ernestina. Eles devem ficar lá até sábado, quando vence o pedido da prisão temporária.

Cerca de 70 policiais federais fizeram parte da operação. A PF vistoriou prédios da Câmara e da prefeitura, além de casas dos suspeitos e de seus parentes.

A prefeitura diz que não sabia das irregularidades. Napeloso afirmou que vai se inteirar do caso.


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