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Ribeirão

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Violência faz PM reforçar a segurança em Araraquara

Polícia vai deslocar até mecânicos da corporação para as ruas do município

Comerciantes deixaram de registrar BOs, pois se sentem 'abandonados'; total de furtos, dizem, cresceu na madrugada

DE RIBEIRÃO PRETO

O aumento na criminalidade em Araraquara fez com que comerciantes se unissem para cobrar uma solução da Polícia Militar da cidade.

No primeiro semestre deste ano, houve no município aumento de furtos (5,2%), tráfico de drogas (6,8%) e roubo de cargas (70%) em comparação com o mesmo período do 2012.

A solução encontrada pelo comando da PM foi direcionar equipes da Força Tática e policiais do administrativo para as ruas, especialmente entre a tarde e a noite. Há casos até de policiais que consertam veículos e do departamento financeiro que foram escalados para a função.

Ontem pela manhã, um grupo de empresários se reuniu com o comando da corporação para discutir os 1.526 furtos registrados na cidade apenas neste ano.

Segundo eles, as ocorrências se tornaram frequentes durante a madrugada. Alguns deixaram de registrar boletins de ocorrência porque se sentem "abandonados".

É o caso da comerciante Jaciane Aparecida Alves Gaspar, 24, que tem uma padaria no bairro Jardim Paulistano e disse já ter sido assaltada três vezes nos últimos dois anos.

O registro mais recente aconteceu na tarde de anteontem. Dois homens a renderam, armados com faca e revólver, e levaram todo o dinheiro do caixa. "A polícia quase não passa aqui na frente [da padaria]. Não podemos ser esquecidos", queixa-se.

De acordo com o presidente do Sincomércio Araraquara, Antônio Deliza Neto, 53, falta diálogo entre os comerciantes e a Polícia Militar, já que pequenos furtos deixaram de ser denunciados.

"Quando há registro de uma ocorrência e os bandidos são pegos, eles saem da delegacia antes de as pessoas registrarem o BO. A situação revolta os empresários, que pagam alta carga tributária."

O capitão e chefe do setor de comunicação social da Polícia Militar de Araraquara, Luiz Alberto Andrade de Almeida, afirma, porém, que é necessário registrar os crimes.

'É PRECISO FAZER BO'

"Sem isso, estatisticamente o crime não existiu, o que gera dificuldade de identificarmos as áreas que necessitam de maior fiscalização."

Em um ano e meio, o comerciante Roberto Carlos Fernandes Gouvea, 50, também foi alvo de bandidos três vezes na Vila Xavier.

Em junho, nem as câmeras de segurança foram suficientes para intimidar os assaltantes. Eles levaram todo o dinheiro do estabelecimento comercial de Gouvea.

A polícia disse que vai direcionar mais profissionais para atuar nas madrugadas em pontos estratégicos da cidade.


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