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Investigação sobre suposto estupro na USP segue sob sigilo

Sindicância aberta na universidade foi transformada em processo administrativo e pode resultar até em expulsão

Ex-aluno que relatou o caso invadiu o campus, deu três tiros e fugiu; no episódio, três pessoas se feriram

DE RIBEIRÃO PRETO

A USP (Universidade de São Paulo) mantém sob sigilo um processo administrativo que apura o suposto caso de estupro sofrido por um ex-aluno que, na noite da última quarta-feira, invadiu o alojamento do campus de São Carlos, deu três tiros e fugiu.

O processo resulta de um sindicância aberta em março após o então calouro do curso de exatas Alexandre José Coutinho da Rocha Lima, 23, relatar ter sido atacado colegas dentro do campus.

A apuração pode resultar em punições que vão da advertência verbal à expulsão da instituição. Por estar em sigilo, a instituição não dá detalhes sobre o caso.

À Folha Lima, que continuava foragido ontem, afirmou que tinha a intenção de se vingar do que aconteceu a ele durante o episódio, ocorrido em época de trotes no campus. Ele disse ainda que passou a ser ameaçado depois que denunciou oito alunos pelo suposto estupro.

O motivo do sigilo, segundo a assessoria de imprensa da USP, é proteger a identidade dos investigados. Por isso, a instituição não divulgou quem é alvo do processo administrativo e qual a conduta irregular investigada.

No Fórum, uma audiência sobre o suposto estupro está marcada para o próximo dia 18 de setembro.

Estudantes da USP São Carlos prestaram depoimento sobre o caso na manhã de ontem, segundo informaram policiais civis de São Carlos.

Na quarta-feira, Lima invadiu o alojamento no campus 1, onde havia quatro estudantes estavam. Três pessoas tiveram ferimentos leves.

Um dos feridos levou uma coronhada de Lima. Com o golpe, de acordo com o próprio ex-estudante, a arma disparou. Na correria provocada pelo tiro, uma porta de vidro quebrou, o que feriu outras duas pessoas. O jovem atirou ainda outras duas vezes, mas ninguém foi atingido pelos disparos.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária de Lima, mas a Justiça ainda não tinha julgado o pedido ontem.

Por causa do episódio, as aulas foram suspensas anteontem, mas voltaram ao normal ontem.

A universidade ampliou a vigilância no campus.


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